Com uma nova estrutura e um compromisso mais abrangente com a agenda da gestão ambiental do Estado, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – CETESB vem trabalhando na elaboração do novo Inventário de Emissões de Fontes Industriais, que se constituirá em uma importante ferramenta de planejamento e de controle ambiental.
Para essa finalidade, vem tendo a colaboração do setor produtivo, no sentido de se conhecer o potencial das indústrias quanto à geração de emissões atmosféricas, de efluentes líquidos e de resíduos sólidos.
No entanto, parte do empresariado deixou de atender ao chamado da agência paulista, no sentido de prestar informações sobre suas emissões, não se interessando no preenchimento on-line de um cadastro eletrônico disponibilizado especialmente para esse fim. Das 1.369 indústrias selecionadas, em um universo de 115 mil empreendimentos existentes no cadastro da agência paulista, aquelas com maior potencial poluidor, cerca de 20% deixaram de atender à convocação efetuada, embora todas tenham sido informadas e alertadas sobre eventuais penalidades cabíveis, através de comunicado feito pelo próprio Departamento de Meio Ambiente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo – FIESP.
Diante deste quadro, a CETESB está preparando para os próximos dias uma intensa fiscalização para exigir dessas empresas, as informações necessárias para a elaboração do inventário, sob pena de serem advertidas ou multadas por terem deixado de prestar as informações solicitadas. Dentre essas empresas, encontram-se indústrias de grande porte do setor metalúrgico, químico, de papel e celulose, usinas de açúcar e álcool, do setor aeronáutico, galvanoplastias e outras.
Esse inventário, em conjunto com outros instrumentos, propiciará à CETESB um melhor planejamento de suas ações de gestão ambiental no Estado de São Paulo. Uma das consequências será a possibilidade de se elaborar um diagnóstico, por setor de atividade ou por região, que fortalecerá as tomadas de decisões relativas ao licenciamento de fontes industriais.
Com esses dados, a CETESB terá condições, por exemplo, de aprovar a instalação de novos empreendimentos em áreas que ainda suportam novas atividades industriais ou planejar um maior controle ambiental em regiões que estão em vias de saturação por poluentes.
Texto
Renato Alonso
Fotografia
José Jorge