Na ocorrência de um isolamento de um poliovírus (selvagem, derivado da vacina ou Sabin tipo 2) em amostra ambiental, a CETESB deverá seguir as orientações previstas no Plano Estadual de Resposta a um Evento de Detecção de Poliovírus em um Surto de Poliomielite: Estratégia São Paulo.

De imediato, a CETESB deverá notificar ao laboratório de referência da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) e a Divisão de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar/CVE (DDTHA) sobre o isolamento e encaminhar a amostra ao laboratório de referência imediatamente para confirmação dos resultados laboratoriais.

O laboratório de referência deverá notificar de imediato ao Ministério da Saúde e ao Ponto Focal da OPAS a confirmação do isolamento de um poliovírus (selvagem, derivado da vacina, de qualquer sorotipo ou Sabin tipo 2) em uma amostra ambiental. Deverá comunicar a DDTHA e a CETESB sobre a confirmação dos isolados.

Diante da confirmação dos resultados, a DDTHA comunicará o município onde foi detectado o poliovírus, e as ações deverão ser iniciadas de forma imediata. As ações de investigações, após detecção de um poliovírus (selvagem, derivado da vacina, de qualquer sorotipo ou Sabin tipo 2) em amostra ambiental ou humana, estão descritas detalhadamente no Plano Estadual de Resposta e devem considerar o tipo de poliovírus isolado e as características das populações (coberturas de vacinação e campanhas dos últimos 5 anos) e áreas relacionadas ao local de coleta, para avaliação do grau de suscetibilidade da população e risco de transmissão.

No início de um novo evento ou surto, as seguintes ações devem ser implementadas:

  • Avaliar o desempenho de todos os locais de VA de poliovírus existentes na área. Locais que não tiveram isolamento de vírus (incluindo enterovírus não-poliovírus e vírus Sabin-like) por mais de seis meses devem ser cuidadosamente avaliados.
  • Aumentar para quinzenal a frequência da coleta de amostras, quando possível, por um período mínimo de seis meses após o isolado mais recente detectado ou o uso mais recente da VOP contendo tipo 2 (no caso de surtos/eventos de alto risco de poliovírus tipo 2), o que for posterior.
  • Levar em conta novos locais de coleta dentro e fora da área do surto ou evento, onde for tecnicamente apropriado e que a capacidade do laboratório permitir.
  • Avaliar áreas urbanas próximas com uma população de 100 mil ou mais como candidatos para amostragem ambiental nova ou aprimorada.

As ações de ampliação da vigilância ambiental devem considerar a capacidade laboratorial do programa e não comprometer a vigilância da PFA. Diretrizes detalhadas sobre a Vigilância Ambiental de Poliovírus podem ser encontradas no documento da OPAS/OMS “Procedimento Operacional Padrão para Aprimoramento da Vigilância Ambiental da Pólio Após um Evento ou Surto de Poliovírus”.

O documento descreve os procedimentos operacionais padrão para melhora da vigilância ambiental após investigação de qualquer evento ou surto de poliomielite para monitorar, em curto prazo, a presença ou ausência de vírus relacionados à vacina após detecção de PVDV por meio da Vigilância de Paralisias Flácidas Agudas ou por meio da Vigilância Ambiental existente.

Processo de decisão no aprimoramento ou implantação de vigilância ambiental no contexto de isolamento de PVDV