A Câmara Ambiental do Comércio de Derivados de Petróleo está elaborando um programa de treinamento para profissionais do setor e de empresas de consultoria, com a finalidade de capacitá-los no gerenciamento de ações corretivas em áreas contaminadas por vazamentos de combustíveis, com base na avaliação de risco à saúde. O plano de capacitação foi definido nos dias 23 e 24 de outubro, no Novotel Jaraguá São Paulo Conventions, em São Paulo, em seminário organizado pelo Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes – SINDICOM, em parceria com a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental – CETESB.
O treinamento, intitulado Programa de Implementação do ACBR (PIA), terá como base o documento Ações Corretivas Baseadas em Risco Aplicadas a Áreas Contaminadas com Hidrocarbonetos Derivados de Petróleo e Outros Combustíveis Líquidos – Procedimentos, desenvolvido pela Câmara Ambiental do Comércio de Derivados de Petróleo e aprovado pela CETESB em 2006 e nos procedimentos para gerenciamento de áreas contaminadas aprovados pela CETESB em junho de 2007.
Para a estruturação do programa de treinamento estiveram reunidos representantes da CETESB, companhias distribuidoras de combustíveis e empresas de consultoria, além de consultores da Shell Global Solutions que participaram do programa de capacitação desenvolvido pela USEPA, agência de proteção ambiental do governo dos Estados Unidos. Rodrigo Cunha, gerente do Departamento de Desenvolvimento Institucional Estratégico da CETESB, que fez a apresentação dos procedimentos atuais que a agência ambiental paulista vem adotando no gerenciamento de ações de remediação de áreas contaminadas, está otimista quanto à implementação do programa de capacitação.
“Por meio do programa de capacitação estamos oferecendo os esclarecimentos necessários à aplicação dos procedimentos adotados pela CETESB, o que provavelmente resultará em uma maior eficiência das medidas de intervenção nas áreas contaminadas por combustíveis, a exemplo do que ocorreu nos Estados Unidos após a adoção do PIRI (Partnership in RBCA Implementation) pela EPA”, disse Cunha. O programa de gerenciamento aplicado pela EPA foi apresentado por Curtis Stanley, especialmente convidado para o encontro.
A Câmara Ambiental do Comércio de Derivados de Petróleo está em atividade desde 1996 e, como as demais 13 câmaras ambientais, possui caráter consultivo, tendo como meta promover a melhoria da qualidade ambiental por meio da interação permanente entre o poder público e os setores produtivos e de infra-estrutura do Estado, no caso as entidades representativas das empresas responsáveis pelo comércio de combustíveis e lubrificantes no Estado.
Texto
Renato Alonso