Com o objetivo de estimular uma rotina de medição e monitoramento de seus parâmetros ambientais, a indústria têxtil paulista lançou a publicação “Indicadores de Desempenho Ambiental do Setor Têxtil”. Resultado do trabalho desenvolvido pela Câmara Ambiental da Indústria Têxtil, com dados levantados junto às empresas associadas ao Sindicato da Indústria Têxtil – Sinditêxtil, a publicação apresenta faixas de valores para indicadores de consumo de água, de taxa de reuso de água, de consumo energético, de carga orgânica bruta, de geração de resíduos e de taxa de reciclagem de resíduos, agregados por tipos de indústria.

Eduardo San Martin, diretor de Meio Ambiente do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo – CIESP e coordenador de Meio Ambiente do Sinditêxtil – São Paulo destacou o pioneirismo no país do levantamento realizado pelo setor para o estabelecimento dos indicadores ambientais e ressaltou, também, a importância da publicação explicando que a meta é informar as empresas do setor onde elas se encontram ambientalmente e qual o objetivo a ser atingido.

Além de trazer os dados numéricos, a publicação reconhece a importância de um bom diagnóstico para a gestão dos processos produtivos, principalmente dentro da Produção mais Limpa – P+L, conforme proposto pelo Guia Técnico Ambiental de P+L do setor lançado em 2009, também pela Câmara Ambiental. Estas recomendações ganham especial dimensão quando inseridas em uma estratégia maior da própria Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – CETESB, que tem trabalhado no sentido de aprimorar o desempenho ambiental por meio da renovação das licenças, conforme previsto pelo Decreto n° 47.400, de 04 de dezembro de 2002.

Reforçando esta visão, Flávio de Miranda Ribeiro, gerente da Divisão de Sustentabilidade e Questões Globais, da Diretoria de Tecnologia, Qualidade e Avaliação Ambiental da CETESB, explica que “o primeiro passo foi dado, cabendo à Câmara desenvolver agora os critérios para aplicação deste marco legal, além de um esforço para a melhoria contínua das faixas de valores”.

Já, Zoraide Senden Carnicel, gerente da Divisão de Câmaras Ambientais da CETESB, complementou que “a iniciativa além de disponibilizar ao setor têxtil uma ferramenta de gestão ambiental é também um estímulo e um desafio para que outros setores estabeleçam seus próprios indicadores.”.

Zoraide frisa, ainda, que “o desenvolvimento de indicadores tem sido bastante estimulado nas diversas Câmaras Ambientais, já que os mesmos podem integrar um Plano de Melhoria Continua – PMA a ser apresentado a CETESB, conforme prevê o decreto estadual, para obtenção de maior prazo de validade das Licenças de Operação.”

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José Jorge / Divulgação