Participantes do curso “Fisionomia da Vegetação no Estado de São Paulo e Aplicação da Legislação Florestal no Licenciamento Ambiental”, oferecido pela CETESB, realizaram visita ao Parque Natural Municipal das Nascentes de Paranapiacaba, como forma de visualização dos conceitos estudados na sala de aula. A visita a campo ocorreu no último dia do curso, que se deu entre 4 e 8/7, e foi acompanhado pelas coordenadoras técnicas Paula Ciminelli Ramalho, da Agência Ambiental do ABC – I, e Priscila da Costa Carvalho, da Divisão de Apoio a Recursos Naturais, além do coordenador executivo Renato Medice Kacinskis.

O Parque Natural Municipal das Nascentes de Paranapiacaba é uma Unidade de Conservação (UC) de Mata Atlântica, com cerca de 4.200 km² de extensão, que abriga as nascentes do Rio Grande, principal formador da Represa Billings. É vizinho aos municípios de Mogi das Cruzes, Santos e Cubatão, e é administrado pela Secretaria de Gestão de Recursos Naturais da Subprefeitura de Paranapiacaba e Parque Andreense. Segundo as coordenadoras, a escolha do local foi estratégica: o parque apresenta vasta vegetação natural, localiza-se em trecho de serra que permite a visualização do litoral e é próximo à cidade de São Paulo.

A atividade teve início com um percurso em área histórica de Paranapiacaba. Os monitores ambientais locais explicaram a formação da vila, que tem suas origens na construção e desenvolvimento da estrada de ferro responsável pelo transporte de carga e passageiros entre o interior paulista e o porto de Santos, durante os séculos XIX e XX.

Chegando ao parque, o grupo foi direcionado ao chamado Núcleo Olho-D’água, uma área de interpretação ambiental que abriga o sistema de reservatórios originalmente implantado pelos ingleses no final do século XIX para o abastecimento da vila. No Núcleo, o grupo explorou um pequeno trecho de mata através da Trilha das Hortênsias. Ao fim do caminho, os participantes foram encorajados pelas técnicas a expressarem suas opiniões e entendimentos sobre a área em questão.

Durante toda a estadia, Paula e Priscila fizeram intervenções para retomar conceitos tratados durante o curso, tais como cálculo de amplitude, interferência de luz, declividade, escoamento, diversidade de espécies, sucessão ecológica, Área de Preservação Permanente (APP), entre outros.

A realização da visita de campo foi muito bem vista pelos participantes. Ivanilde da Silva trabalha no setor de manejo de vegetação na Secretaria do Meio Ambiente da Prefeitura de Carapicuíba e, quando questionada sobre a atividade externa, disse ser importante, pois “uma coisa é falar, outra coisa é ver o ambiente natural”. Diego Mendes Quirino é do Corpo de Bombeiros do Estado e disse ter tido uma compreensão mais clara do conteúdo do curso ao término da visita. Marcelo Haddad é engenheiro ambiental e mostrou-se bastante satisfeito com o curso e também com a visita. “Foi um aprendizado”, afirmou.

Texto: Ana Paula Machado