Técnicos vindos de nove países da América Latina e Caribe e de vários estados brasileiros participaram de um simulado envolvendo uma emergência química, em 19.01. A atividade prática foi formulada e coordenada pela equipe do Setor de Atendimento a Emergências da CETESB e realizada nas dependências de sua sede, em São Paulo.
O exercício integra o módulo um do “I Curso Internacional para Capacitação Intensiva sobre Gestão Ambiental dos Poluentes Orgânicos Persistentes – POPs”, que teve início em 09.01 último, com duração de três semanas.
Durante dois dias, os participantes receberam aulas teóricas sobre emergências químicas, ministradas pelo corpo técnico da CETESB, que abordaram temas como riscos químicos, descontaminação, ações de resposta e planos de emergência, entre outros.
Na manhã do terceiro dia, neste dia 19.01, a turma foi dividida em duas equipes e os participantes assumiram diferentes papéis com a finalidade de controlar a situação de risco simulada.
O cenário do treinamento foi montado em um porão, localizado em um dos prédios da Companhia. O porão representava um galpão abandonado que armazenava produtos químicos, entre eles, o mercúrio. Em uma maquete, o desenrolar da história: crianças de uma escola próxima ao galpão vasculham o local e retornam para o colégio com algumas embalagens contendo o produto perigoso. Diante do ocorrido, a professora da turma, também um personagem imaginário, aciona instituições ligadas à Defesa Civil para notificar o caso. Nesse momento, as duas turmas entram em cena para controlar a situação idealizada.
Birailson dos Santos Palmeira, do estado do Amapá, ocupou o cargo de coordenador da Segurança da primeira equipe, e esclareceu as zonas de operação: a zona quente é a região do galpão, onde há o risco químico; a zona morna compreende a área de descontaminação, por onde passam os técnicos que saíram da zona quente; e a zona fria, sem riscos, é ocupada pelas equipes de coordenação e de análise de impacto.
Atuando ao redor das zonas, Ana Fabiola Ortega, da Nicarágua, e Jennifer Waleska Arenales, da Guatemala, foram selecionadas para fazer a segurança da área. Responsáveis por isolar o local de trabalho dos técnicos, as moças tiveram que lidar com a população e a imprensa, ambas interpretadas pelos próprios alunos do curso.
Vinícius Marques da Silva, da CETESB, foi um dos escolhidos para vestir as roupas especiais e entrar no galpão abandonado. Mas antes de se preparar, ele passou por uma área médica instalada no local. Kalina Ligia de Souza, do Setor de Higiene, Segurança e Medicina do Trabalho da CETESB, explica que, devido ao “stress” da situação, é esperado um certo grau de ansiedade por parte dos participantes. Por isso, antes e depois de entrar no galpão, todos os técnicos devem ter a pressão arterial verificada. E completa: “só entram se estiverem em condições adequadas”.
Já fora do galpão, Vinícius destacou a escuridão e os desníveis do teto como dificuldades. A operação, no entanto, foi conforme o planejado: “as informações preliminares foram suficientes e a comunicação com a equipe do lado de fora fluiu bem”.
Mauro de Souza Teixeira, do setor de atendimento a emergência da CETESB, aprovou a atuação dos alunos: “Eles se organizaram muito bem”. Já os alunos destacaram a grande experiência dos técnicos da casa. Ana Fabiola e Jennifer chamaram a atenção para a qualidade das exposições teóricas e a troca de experiências entre os alunos.
Texto: Ana Paula Machado