Especialistas de quatro países – Alemanha, Dinamarca, Estados Unidos e Brasil – estiveram reunidos, em 26/11, no auditório da CETESB, para discutir e propagar o conhecimento e as novas tecnologias, disponíveis no mercado mundial, para redução das emissões dos precursores de ozônio. O foco do seminário, patrocinado pela Air and Waste Management Association – AWMA, foi a apresentação das novas tecnologias para o controle das emissões de óxidos de nitrogênio – NOx e de compostos orgânicos voláteis – VOC, ambos participantes da formação do ozônio.

Para Milton Norio Soabe, engenheiro da CETESB e membro da Associação, “a preocupação com a ultrapassagem dos padrões do ozônio é mundial. Então, um dos objetivos do encontro é a disseminação do conhecimento sobre os novos métodos de controle desse poluente.” Alguns temas, discutidos durante o dia, motivaram a participação dos presentes. A apresentação da Legislação Européia para controle de emissões atmosféricas, pelo especialista alemão Andreas Grauer, gerou um debate em torno da existência de um padrão ideal para nortear o controle atmosférico.

Outro assunto, que estimulou o debate, foi o licenciamento de novos empreendimentos e quando se faz necessário que o empreendedor apresente para a CETESB um balanço do NOx ou tenha que comprar créditos desse poluente. “O ideal seria a criação de uma bolsa, onde os créditos estejam à disposição para compra e venda.” salienta Norio.

O controle de compostos orgânicos voláteis e as tecnologias disponíveis foram os temas abordados nas palestras do dinamarquês Frederik Soeby e do brasileiro Luiz Carlos Álvares Marques, outro momento marcado pelo questionamento dos presentes. Os representantes dos setores produtivos levantaram indagações sobre a instalação e operação dos sistemas de controle de VOC. Para exemplificar a presença constante de compostos orgânicos voláteis em nossa rotina diária basta remeter para o abastecimento de um carro ou para um processo de lavagem a seco em uma tinturaria, momentos onde os compostos são liberados para atmosfera.

Para Carlos Roberto dos Santos, diretor de Engenharia e Qualidade Ambiental da CETESB, o seminário fortalece uma parceria existente entre a Agência paulista e a AWMA, na busca e divulgação de novas tecnologias para o controle atmosférico. “Encontros como o de hoje marcam pela inovação das informações. Ocorre uma troca de conhecimento entre os especialistas presentes.” A última explanação do dia foi do Alemão Joachim Lorenzen, que falou sobre as tecnologias para o controle de emissões atmosféricas.

Texto: Cristina Couto