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SMA abre a semana do Meio Ambiente em sua sede com o Papo Sustentável

Como parte da programação da Semana do Meio Ambiente, o segundo encontro “Papo Sustentável” debateu na segunda-feira, 4/6, a questão dos resíduos sólidos, além de abordar o tema logística reversa e o Inventário 2017 de Resíduos Sólidos Urbanos do Estado de São Paulo, elaborado pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB).

A mesa-redonda, transmitida ao vivo pelo facebook, contou com o mediador, secretário de estado do Meio Ambiente, Mauricio Brusadin, e os debatedores Carlos Roberto dos Santos, diretor-presidente da CETESB, Geraldo do Amaral Neto, diretor de Controle e Licenciamento Ambiental, Flávio de Miranda Ribeiro, gerente de Políticas Públicas de Resíduos Sólidos e Eficiência dos Recursos Naturais, também da CETESB, e de Luigi Longo, coordenador de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos da SMA.

Dados revelados no Inventário Estadual de Resíduos Sólidos Urbanos 2017, produzido pela Diretoria de Controle e Licenciamento Ambiental da CETESB, asseguram que 615 municípios dispõem seus resíduos sólidos urbanos de forma adequada, 96 do total do Estado, e apenas 25, em desacordo, 4% da totalidade.

Em 2016, eram 601 municípios dispondo de forma adequada e 38, inadequadamente. Segundo o diretor-presidente da CETESB, para efeito comparativo e de evolução nos últimos anos, em 2011, 492 municípios destinavam adequadamente seus resíduos e 153, em desacordo.

Flávio Ribeiro falou do termo de compromisso de logística reversa de embalagens em geral, assinado na quarta-feira, 23/5, entre SMA/CETESB, Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP)/Centro das Indústrias de São Paulo (CIESP), 18 Associações nacionais e Sindicatos estaduais de alimentos, bebidas, brinquedos entre outros, além da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), que tem o objetivo de implementar e operacionalizar um sistema, visando ao reaproveitamento das embalagens no ciclo produtivo, ou outra destinação final ambientalmente adequada.

“As vantagens são o fomento e a promoção da economia circular e o aumento da vida útil dos aterros sanitários; necessária para o licenciamento ambiental, a logística reversa de embalagens é um grande desafio especialmente para micro e pequena empresas”, conclui Ribeiro.

Luigi Longo defendeu a união com os municípios, com a construção de consórcios regionais como solução para os problemas dos aterros sanitários, para que cada região tenha a sua solução.

O secretário Maurício Brusadin assegurou que o meio ambiente é o protagonista do momento, e para se avançar nas questões dos resíduos, é preciso formular políticas públicas, que é o caminho do convencimento das ideias, para a proteção da biodiversidade e também para a construção de um modelo de sociedade menos consumista. “Temos que ter um olhar para a sustentabilidade, o problema do lixo não é dos outros, é nosso” finalizou Brusadin.

Participaram ainda do debate, Rogério Menezes, presidente da Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente (ANAMA) e secretário municipal de Meio Ambiente de Campinas, prefeito municipal de Vargem Grande Paulista, Josué Ramos e demais autoridades.

Texto: Rose Ferreira
Fotos: Pedro Calado
Revisão: Cris Leite