As águas subterrâneas do Estado de São Paulo mostraram qualidade regular no período de 2016 a 2018, segundo o Indicador de Potabilidade das Águas Subterrâneas – IPAS, que variou entre 64,7 e 66,5%. Este indicador representa a conformidade de potabilidade das amostras de água de aproximadamente 300 pontos, constituídos por nascentes e poços tubulares, utilizados para abastecimento público de água, que integram o monitoramento semestral da CETESB.
Em relação ao triênio anterior (2013 a 2015), cujo IPAS variou entre 77,5 e 81,5% (qualidade boa), os resultados mais recentes mostraram um incremento de desconformidade em relação aos padrões de potabilidade dos parâmetros microbiológicos, principalmente coliformes totais. A presença destes organismos, a princípio, constitui-se em um problema para o consumo humano da água in natura; no entanto, a cloração realizada antes da distribuição da água elimina o risco de contaminação à população.
Com relação às substâncias químicas, continua sendo identificada desconformidade de potabilidade para concentrações de nitrato e crômio no Sistema Aquífero Bauru (SAB). Nesse triênio, o percentual de amostras não conformes para ambas as substâncias foi respectivamente de 4 e 13% no SAB.
Considerando todos os aquíferos paulistas, o nitrato e outras substâncias com potencial de risco à saúde humana, representaram individualmente desconformidade de potabilidade de até 2% do total as amostras. Tais desconformidades são gerenciadas pelas empresas de saneamento de forma que a água fornecida à população atenda aos padrões de potabilidade.
Os agrotóxicos foram monitorados em aproximadamente 80 pontos localizados em regiões onde se verifica seu uso de forma sistemática. Os resultados obtidos não identificaram a presença da maioria das substâncias analisadas; no entanto, para aquelas existentes na água não foram observadas concentrações que superassem os padrões de potabilidade.
Além do relatório trienal que apresenta um diagnóstico mais completo sobre o tema, a CETESB continuará publicando os boletins anuais, a fim de manter informada a sociedade paulista sobre a qualidade das águas subterrâneas no Estado de São Paulo.