Você está visualizando atualmente Escolha de consumidor deve considerar os impactos em toda a sociedade

Por melhores que sejam as políticas públicas ou iniciativas do setor privado, cada indivíduo tem que fazer a sua parte, em particular, na hora de consumir ou descartar.

A diretora-presidente da CETESB, Patrícia Iglecias, foi a convidada especial da live promovida por Katia Llaneli Arquitetura e Interiores, em 10/11, para falar sobre o tema Gestão de Resíduos.

A dirigente da agência ambiental paulista ressaltou a importância das escolhas do consumidor, para o meio ambiente e para a sociedade como um todo. Ela explicou que, por melhores que sejam as políticas públicas ou iniciativas do setor privado, cada indivíduo tem que fazer a sua parte, em particular, na hora de consumir ou descartar.

O mais importante, segundo Patrícia Iglecias, é não pensar que o problema do meio ambiente é só do fabricante. Conforme frisou, o consumidor tem grande responsabilidade, devendo buscar uma visão mais consciente e pensando nas futuras gerações, “para que elas tenham um ambiente ecologicamente mais equilibrado”.

Nesse sentido, chamou a atenção para a questão das embalagens, da durabilidade dos produtos, da opção por produtos concentrados – que requerem embalagens menores -, dos retornáveis e mesmo do consumo cada vez menor e, preferencialmente, de artigos que demandem menos dos recursos naturais.

Sobre este assunto, falou ainda da importância da separação dos resíduos, pelos cidadãos, ou de sua entrega nos pontos envolvidos em Logística Reversa, contribuindo para o aprimoramento da gestão dos resíduos sólidos no Estado de São Paulo, que alcançou o índice de 98% de destinação adequada.

Evidenciando o público da Live, formado predominantemente por arquitetos, Patrícia Iglecias sugeriu que profissionais dessa área considerem mais, em seus projetos, a exuberante vegetação nativa brasileira, em especial, a Mata Atlântica.

Focando mais nos trabalhos e programas da CETESB e também da Secretaria de Estado do Meio Ambiente SMA, a qual esteve à frente, entre 2015 e 2016, destacou o Programa Nascentes, que propunha a recomposição vegetal no entorno dos cursos de água e que resultou em mais de 35 milhões de mudas plantadas no estado desde 2015, além de contribuir para superar a grave crise hídrica, iniciada em 2014.

Salientou a importância de ações como as envolvendo as cooperativas de catadores. A CETESB colaborou na elaboração de um manual de orientação disponibilizado no site do Conselho Federal do Ministério Público. Participou ainda da decisão de dispensar os setores envolvidos de comprovar as metas de reciclagem, desde que destinassem os valores correspondentes para a manutenção dos catadores.

Ressaltou a atuação da Companhia no atendimento às emergências químicas; a especialização adquirida pelos seus laboratórios de análises ambientais; e o trabalho de monitoramento da qualidade do ar, recomendando a utilização do aplicativo que pode ser baixado no celular, nas lojas PlayStore e APP Store, para acompanhar a qualidade do ar.

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Texto: Mário Senaga
Copy: Cristina Leite