A OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico é uma organização econômica intergovernamental, com 37 países-membros, que visa estimular o progresso econômico e o comércio mundial.
A diretora-presidente da CETESB, Patrícia Iglecias, representando o governador João Doria, participou, em 18/05, da “3ª Mesa-Redonda da OCDE sobre Economia Circular em Cidades e Regiões”, promovida de modo virtual pela própria organização.
Além da dirigente da agência ambiental paulista, participaram como painelistas: Anna Richardson, do Conselho de Sustentabilidade e Redução de Carbono de Langside – Glasgow; Burcu Tuncer, chefe de Desenvolvimento Circular e coordenadora Global do ICLEI em Colônia – Alemanha; e James Pennington, que atua na iniciativa de Economia Circular do Fórum Econômico Mundial. O moderador foi Tadashi Matsumoto, chefe da Unidade de Desenvolvimento Urbano Sustentável da OCDE.
Patrícia Iglecias pontuou que São Paulo é o estado mais industrializado da nação e um dos mais populosos. Essas características, segundo ela, apresentam desafios e oportunidades: “Por esse motivo, normalmente, a legislação ambiental paulista é mais restritiva do que a legislação ambiental nacional para diversos assuntos, especialmente relacionados à prevenção da poluição”.
Por outro lado, os investidores reconhecem que os fatores “ESG – ambientais, sociais e de governança” podem influenciar o desempenho dos negócios, a estratégia corporativa e a gestão de risco a longo prazo. “Alguns fatores ESG são gestão e destinação de resíduos sólidos, logística reversa, responsabilidade pelo produto, análise do ciclo de vida, emissões de gases de efeito estufa e escassez de água, reconhecendo-se que nossos recursos naturais são finitos.
Conforme explicou, esses elementos podem ser resumidos na economia circular, razão pela qual políticas públicas baseadas nesse conceito terão impactos decisivos no desenvolvimento sustentável do país.
Ela exemplificou como importante instrumento para impulsionar a economia circular no território paulista o robusto procedimento de licenciamento ambiental, bem como a implementação da LR – Logística Reversa, em que conta com mais de 4 mil empresas, em franca evolução nos últimos anos.
Patrícia Iglecias chamou a atenção para os avanços obtidos junto ao setor sucroenergético no estado, envolvendo novas tecnologias menos agressivas ao meio ambiente e tornando o processo produtivo mais eficiente.
O etanol é um biocombustível com menor pegada de carbono, que emite 90% menos gases de efeito estufa do que a gasolina. O Protocolo Etanol mais Verde, entre o Estado de São Paulo e o setor produtivo valoriza as melhores práticas em conservação do solo e redução no uso da água.
Ao finalizar sua participação no evento, enfatizou a importância do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 17 e das parcerias entre setores público e privado para a economia circular, ressaltando a importância do Acordo Ambiental São Paulo como forma de atuação pró-ativa e fundamental de um governo subnacional, que tem contribuído decisivamente para que o Brasil possa cumprir as metas assumidas no Acordo de Paris.
Texto – Mário Senaga
Printes: José Jorge
Programação visual da matéria no site: Kissy Harumi.