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Domenico Tremaroli, diretor da CETESB, falou sobre o monitoramento da qualidade das águas no programa Novo Rio Pinheiros.

Atualização sobre o programa Novo Rio Pinheiros e experiências holandesas com água e urbanismo foram alguns dos tópicos abordados na webinar promovida, em 19/05, pelo Consulado Geral do Reino dos Países Baixos em São Paulo e a Netherlands Water Partnership – NWP, com o apoio do Governo do Estado de São Paulo.

O evento com a participação do diretor de Avaliação de Impacto Ambiental da CETESB, Domenico Tremaroli, que junto com o secretário executivo da SIMA, Luiz Ricardo Santoro, e os presidentes da SABESP, Benedito Braga; da EMAE, Marcio Rea; e do DAEE, Francisco Loducca, apresentaram e comentaram sobre o atual estágio do programa Novo Rio Pinheiros.

A discussão contou ainda com Henriëtte Bersee, cônsul-geral do Reino da Holanda em São Paulo; Affonso Massot, secretário-executivo de Relações Internacionais do Governo do Estado; Durval Bacellar, da Arcadis; Kristina Knauf e Halina Zarate, da empresa de arquitetura MVRDV; e Adrian Puentes, da BDU Urbanismo. A mediadora foi Janett Tapia, da NWP.

Domenico Tremaroli falou sobre o papel da CETESB no programa Novo Rio Pinheiros, esclarecendo que à Companhia cabe desde o licenciamento das obras envolvidas no projeto até o monitoramento da qualidade da água do rio e dos seus afluentes, visando atestar a performance das ações adotadas: “Vamos acompanhar como os rios respondem”.

Para isso, segundo o diretor, o monitoramento da qualidade da água foi incrementado, abrangendo quatro pontos de amostragem manual, no corpo do Pinheiros, e mais 18 pontos nos afluentes. Os sedimentos também estão sendo monitorados. Além disso, a CETESB possui uma estação automática de monitoramento, na “porção superior” do rio, que verifica a qualidade da água que vem da Reversão, operação acionada ocasionalmente para evitar enchentes.

Conforme Tremaroli, há algumas conclusões sobre a evolução da qualidade. Ele informou que na “porção superior” se detecta “uma qualidade bem interessante, com presença de oxigênio e medições de 5,0 miligramas por litro. Na ‘inferior’ encontramos índices abaixo de 2,0 miligramas por litro, mas vemos que já está melhorando”.

O programa Novo Rio Pinheiros tem o objetivo de revitalizar este importante símbolo da cidade de São Paulo através da ação de diversos órgãos públicos em parceria com a sociedade. As apresentações dos dirigentes da SABESP, EMAE e DAEE ilustraram as diversas ações que estão sendo executadas.

A meta até o fim de 2022 é reduzir o esgoto lançado em seus afluentes, melhorar a qualidade das águas e integrá-lo completamente à cidade. Por ser um rio urbano, a água não será potável, no entanto, com o projeto de despoluição concluído, haverá a melhora do odor existente, abrigo de vida aquática e, principalmente, a volta da população às suas margens por meio também da recuperação ambiental e paisagística do seu entorno.

As explanações dos representantes das empresas de arquitetura dos Países Baixos trouxeram variados exemplos de trabalhos realizados no mundo todo, ligados ao tema da água, saneamento e urbanismo.

A Holanda, conhecida como “um país em que a água é problema e solução”, problema em função das enchentes, foi reconhecida em 2014, pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, por sua gestão do sistema de água e apontada como modelo para o mundo.

Texto – Mário Senaga

Printes – José Jorge