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Esta edição foi especialmente voltada para os municípios da Baixada Santista

O curso de capacitação em “Adaptação às Mudanças Climáticas”, coordenado pela CETESB, com apoio do FEHIDRO e Comitê da Bacia Hidrográfica da Baixada Santista, foi oficialmente retomado na quinta-feira, dia 10, após uma breve interrupção em razão da pandemia causada pelo novo coronavírus e pelos desdobramentos de uma forte tempestade ocorrida em março na região, impactando alguns municípios.

Esse adiamento, por outro lado, deu espaço para que o formato do curso fosse atualizado, bem como seus conteúdos revistos à luz dos acontecimentos do ano passado, para que estivesse ainda mais próximo da realidade atual. Entre representantes do Comitê, agentes municipais, estaduais e da sociedade civil, foi registrado mais de 90 participantes.

A diretora-presidente da CETESB, Patrícia Iglecias, ao abrir oficialmente o evento virtual, realizado pela plataforma Zoom, fez questão de cumprimentar os prefeitos da Baixada Santista, na pessoa da chefe do executivo de Praia Grande, Raquel Chini, a primeira mulher a ocupar o cargo de prefeita na cidade e a única representante feminina eleita para uma das prefeituras da Baixada Santista.

Raquel Chini também aproveitou a oportunidade para anunciar, na abertura do evento, que Praia Grande está aderindo ao Acordo Ambiental São Paulo, lançado pela CETESB no final de 2019, para apoiar o cumprimento das metas nacionais ao Acordo de Paris, assumindo voluntariamente o compromisso de reduzir as emissões de gases de efeito estufa e ampliar ações sustentáveis voltada à adaptação do município à crise climática.

Quando o Acordo São Paulo foi lançado em novembro de 2019, houve a adesão de 55 empresas e entidades do setor privado; atualmente, são 211 aderentes, incluindo as adesões dos municípios de Echaporã, Engenheiro Coelho, Ibirarema, Jacareí, Ribeirão Preto, São José do Rio Pret e São Paulo, entre outros que estão planejando aderir ao Acordo.

“Aproveito a oportunidade, para convidar os municípios da Baixada Santista a integrar a iniciativa, para incentivar a adesão das suas indústrias, associações e entidades a apoiar esse esforço de redução voluntária de gases de efeito estufa, implementando ações de adaptação e melhorias da qualidade ambiental dos municípios”, ressaltou Patrícia Iglecias, acrescentando que a Baixada Santista foi escolhida pela CETESB como marco zero de um esforço de capacitação que será estendido para outras áreas do estado, “pois precisamos fortalecer o apoio aos municípios paulistas, para que enfrentem uma agenda que está se tornando rapidamente e mais urgente, lidar com a crise climática”.

 

Também participou do evento o Professor Dr. Francisco de Assis de Souza Filho, professor da Universidade Federal do Ceará, e referência no tema de Segurança Hídrica e Mudanças Climáticas. O professor apresentou projeções climáticas e destacou a importância da governança adaptativa dos recursos hídricos que atente as vulnerabilidades da região e desenvolva a gestão com uma estratégia robusta preparada para as mudanças e o gerenciamento de risco.

O curso de capacitação tem como objetivo promover a identificação de vulnerabilidades dos municípios e propor medidas de adaptação, para prevenção dos impactos das mudanças climáticas nos recursos hídricos e orientação na captação de recursos financeiros. O projeto teve início em 2019, quando, na época, foi feita a primeira etapa da capacitação de forma presencial, em Santos.

Maria Fernanda Pelizzon Garcia, gerente da Divisão de Mudanças Climáticas e Acordos Multilaterais da CETESB e coordenadora da capacitação destacou: “A região da Baixada Santista apresenta uma grande importância ambiental e também econômica e, devido a sua localização está exposta a eventos climáticos extremos, que ampliam os riscos sociais, ambientais e econômicos. Assim, a capacitação busca apoiar os agentes municipais, estaduais e a sociedade civil para a construção conjunta de cidades mais resilientes e adaptadas aos efeitos das mudanças climáticas.”

Durante toda capacitação os participantes serão acompanhados por meio de assessoramento para desenvolvimento de projetos e ações sobre fontes de financiamento e como acessá-las. O projeto visa capacitar representantes do Comitê da Bacia Hidrográfica da Baixada Santista, que compreende os municípios de Bertioga, Guarujá, Santos, Cubatão, São Vicente, Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe. Os participantes são agentes municipais das Secretarias de Meio Ambiente, Planejamento, Infraestrutura e Defesa Civil, representantes do Estado (SABESP, DAEE, EMAE, CETESB) e sociedade civil (Universidades, ONGs, Associações).