O Workshop Virtual Vigilância Ambiental de Patógenos em Esgoto, realizado, em 13/07, pela CETESB, teve por objetivo aprofundar o conhecimento técnico sobre o assunto. “O monitoramento feito pela CETESB dá suporte à vigilância epidemiológica, para o enfrentamento de epidemias e pandemias que podem ameaçar a saúde global; tema atual e de relevância”, afirmou o diretor-presidente da CETESB, Thomaz Toledo, durante a abertura.
O Dirigente lembrou que a empresa é pioneira no Brasil na vigilância ambiental em águas residuárias, atuando, desde 1970, em conjunto com a Vigilância Epidemiológica do Estado, no combate a doenças como cólera, poliomielite, hepatite A, assim como a Covid 19, entre outras. “Realizar esse workshop para difundir a implementação dessa ferramenta como política pública é de suma importância para o Estado e para o Brasil.”
A diretora de Engenharia e Qualidade Ambiental da CETESB, Carolina Mariani, ressaltou a qualidade do complexo de laboratórios da Companhia, bem como a excelência do corpo técnico. “Tratamos de temas ambientais que envolvem diagnóstico e monitoramento de qualidade ambiental das águas, ar, solo e emergências químicas. Atuamos com a preocupação de preservar a qualidade do meio ambiente e, consequentemente, a saúde humana e animal.”
A Diretora destacou que a larga experiência no monitoramento ambiental de patógenos levou a CETESB a dar apoio ao Ministério da Saúde e à OPAS – Organização Panamericana da Saúde, bem como a outros órgãos de governo e instituições de pesquisa. “Esse trabalho gera valor direto à sociedade e é um exemplo premente de como a qualidade ambiental e a saúde da população estão intrinsecamente conectados.”
Maria Inês Sato, gerente do departamento de Análises Ambientais da CETESB, explicou que muitos países possuem programas de vigilância de águas residuárias, além de algumas iniciativas globais de trabalho em rede. “Apesar de todo esse trabalho, ainda temos muitos desafios técnicos, de gestão e de governança de dados que precisam ser enfrentados. Esses desafios, é claro, são muito mais complexos para os países em desenvolvimento, como é a nossa realidade na América Latina.”
A diretora técnica em Saúde II, do Centro de Vigilância Epidemiológica, ligado à Secretaria de Estado da Saúde, Alessandra Franco, comemorou a parceria que o órgão mantém há décadas com a CETESB. “O trabalho conjunto reflete na melhoria da qualidade da vigilância epidemiológica no Estado, realizado tanto pela vigilância epidemiológica quanto pela vigilância ambiental. São Paulo é o único estado brasileiro que realiza esse tipo de monitoramento, o que permite observar o perfil epidemiológico atual. Espero que outros estados se interessem por essa atividade e possam implementar e aprender junto à CETESB e a Rede Panacea.”
O evento contou com a moderação do professor das universidades de Santiago de Compostela – Espanha e de Durham – Reino Unido, que também é presidente da Rede Panacea, Marcos Quintela Bajula.