A COP14 foi considerada uma transição entre a COP13 e a expectativa pela COP15 com um novo acordo climático, diante do cenário político mundial. A eleição do presidente norte-americano Barack Obama provocou uma espera dos demais países por sua posição em relação às mudanças climáticas, constituindo o principal fator que impediu um maior comprometimento por parte dos países desenvolvidos.

Essa Conferência teve poucos avanços concretos, mas um dos principais pontos positivos do encontro foi a mudança oficial de postura dos países em desenvolvimento, alterando o eixo da negociação internacional sobre clima. Enquanto as nações desenvolvidas assumiram poucas metas de real relevância, países como Brasil, China, índia, México e África do Sul sinalizaram uma abertura para assumir compromissos na redução das emissões de dióxido de carbono, embora não tenham proposto números.

As Partes chegaram a um acordo sobre o programa de trabalho e o plano de reunião para a COP15, assim como sobre a operacionalização final do Fundo de Adaptação, para apoio de medidas de adaptação concretas nos países menos desenvolvidos, com um consenso entre as Partes na aprovação das normas e procedimentos. Outros pontos foram também discutidos, como a promoção do Plano de Ação de Bali, a inclusão do desmatamento no regime do próximo período de compromisso, a transferência de tecnologia aos países em desenvolvimento, porém sem conclusões concretas. Diante da urgência de se estabelecer um novo tratado, a COP14 caracterizou-se por discussões lentas e ausência de resultados mais sólidos.

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Atualizado em março de 2020