Gases Refrigerantes

Por que a produção de CFCs está proibida?
R: A camada de ozônio é uma faixa de gás localizada entre 15 e 55 quilômetros acima da superfície da Terra que nos protege da radiação ultravioleta (UV) do sol. Fluidos refrigerantes, clorofluorcarbonos (CFCs) e em um grau menor hidroclorofluorcarbonos (HCFCs) destroem a camada de ozônio quando escapam de equipamentos de refrigeração ou são liberados para a atmosfera. Esses produtos químicos são difundidos para as camadas mais altas da atmosfera pelo vento; lá, eles liberam átomos que destroem inúmeras moléculas de ozônio por um longo período. A camada de ozônio sendo danificada permite que mais UV alcance a superfície da Terra, causando um aumento nos casos de câncer de pele, danos aos olhos e enfraquecimento do sistema imunológico. Uma exposição excessiva à radiação solar UV pode também danificar a produção agrícola e a vida marinha.Fonte: Adaptação do folheto “Eliminação dos CFCs”, do Grupo Ozônio, (acesso em agosto/2013).
Como a eliminação de CFCs vai influir no negócio de refrigeração e ar condicionado?
R: As indústrias químicas nacionais cessaram a produção de CFCs e a importação destas substâncias virgens está controlada. O uso dos CFCs reciclados nos equipamentos poderá ser feito, mas a disponibilidade dos CFCs está diminuindo e seus preços tendem a aumentar. Da próxima vez que for feita a manutenção de rotina no seu equipamento de refrigeração considere a possibilidade de substituir por um dos fluidos refrigerantes alternativos já existentes.Fonte: Adaptação do folheto “Eliminação dos CFCs”, do Grupo Ozônio, (acesso em agosto/2013).
Como empresas que utilizam esses gases em seu processos produtivos e/ou produtos podem se preparar para essa nova situação, a de eliminação dos CFCs?
R: A liberação na atmosfera do gás utilizado, além de incorrer em crime ambiental, é um desperdício de dinheiro, uma vez que o gás pode ser recuperado e reutilizado. O primeiro passo é elaborar um plano de ação. Pode ser uma tabela contendo: tipo de refrigerante usado, idade do equipamento, data da próxima reposição e tipo de refrigerante a ser usado com a conversão (se o equipamento não for substituído logo). Verifique as orientações e as recomendações com a empresa prestadora de serviços de manutenção e também com os fabricantes de equipamentos e refrigerantes. Prepare-se para aproveitar os serviços de manutenção para realizar as conversões para refrigerantes não CFCs ou para substituir equipamentos que estiverem com pouca vida útil pela frente por equipamentos que já utilizam substâncias alternativas.Fonte: Adaptação do folheto “Eliminação dos CFCs”, do Grupo Ozônio, (acesso em agosto/2013).
Em procedimento de manutenção, como recuperar ou reciclar CFCs?
R: Para recuperar, simplesmente transfere-se o fluido refrigerante para outro cilindro, sem a necessidade de limpá-lo, evitando assim a dispersão de poluentes para a atmosfera. Isso é feito através de máquinas recuperadoras, disponíveis no mercado nacional. Este produto não poderá ser utilizado até que seja reciclado. Para reciclar os fluidos CFCs é necessário fazer a remoção de alguns produtos contaminantes que entraram no sistema, tais como: água, óleo, ácidos oléicos e ácidos clorídricos. Somente após um processo de destilação este produto poderá ser reutilizado. A qualidade da reciclagem será mantida com os seguintes cuidados: nunca colocar no mesmo cilindro dois tipos de refrigerantes diferentes, como por exemplo R-12 com R-22; sempre identificar no cilindro o tipo de fluido recolhido, tal como: R-12 contaminado ou R-12 reciclado.Fonte: Adaptação do folheto “Eliminação dos CFCs”, do Grupo Ozônio, (acesso em agosto/2013).
Qual é o melhor momento para utilizar os refrigerantes alternativos?
R: Pode-se passar a usar refrigerantes alternativos de uma vez ou em estágios. É importante, porém, que haja um plano para fazer essa transição. O melhor momento para mudar pode ser durante a próxima manutenção programada. Não é recomendado fazer a mudança durante a realização de serviços de emergência, pois problemas podem acontecer e provavelmente o gasto será maior.Fonte: Adaptação do folheto “Eliminação dos CFCs”, do Grupo Ozônio, em(acesso em agosto/2013).
Quais as opções para os refrigeristas para administrar a fase de eliminação dos CFCs?
R: Os refrigeristas têm três opções básicas:a) adotar medidas para conservar o fluido refrigerante na ocasião da manutenção do equipamento, lembrando, é claro, que os estoques de CFCs no mercado continuarão diminuindo. Conservar significa identificar e concertar as fugas, recolher o refrigerante, quando da sua manutenção, tratá-lo (reciclagem ou regeneração) e reintroduzí-lo no equipamento;

b) fazer a conversão no equipamento para o uso de um dos novos refrigerantes alternativos;

c) tirar de uso equipamentos cuja vida útil esteja no fim e substituí-lo por um com refrigerante alternativo. Substituições podem reduzir custos de operação se for selecionado um equipamento com maior eficiência energética (que consuma menos energia).

Fonte: Adaptação do folheto “Eliminação dos CFCs”, do Grupo Ozônio, (acesso em agosto/2013).

Quais são os refrigerantes alternativos existentes no mercado e suas diferenças?
R: Para converter ou substituir um equipamento operado com CFC há dois tipos de refrigerantes alternativos disponíveis atualmente: HCFCs e HFCs. Os gases HFC-134a, misturas HFC e HCFC-22 são usados tanto em equipamentos com conversão como em novos equipamentos. Misturas HCFC são geralmente usadas somente em conversões. Amônia é também uma opção para novos equipamentos onde as normas de segurança permitem seu uso. O substituto mais apropriado depende do tipo de equipamento e seus requisitos operacionais. Verifique com o fabricante do equipamento e a firma prestadora de manutenção para fazer a decisão correta. As mudanças envolvidas na troca para um refrigerante alternativo podem estar limitadas à mudança de óleo ou podem incluir substituição de gaxetas, válvulas ou outros componentes. Existem procedimentos recomendados para a maioria dos equipamentos.Fonte: Adaptação do folheto “Refrigeração, seu negócio, e a eliminação dos CFCs”, do Grupo Ozônio, (acesso em agosto/2013).
Dicas para conservação e precaução a vazamentos de gases refrigerantes.

R: Não utilize objetos pontiagudos ou cortantes para limpeza do congelador de sua geladeira para não perfurar o sistema de evaporadores e evitar o vazamento do gás CFC.
Procurar técnicos cadastrados no IBAMA para realização de manutenção nos refrigeradores.
Ligar pelo menos uma vez por semana durante 5 minutos o ar condicionado do seu carro para evitar o ressecamento dos anéis de vedação do sistema e diminuir o vazamento de gás CFC.
A detecção de vazamento de CFC por ultravioleta é o método mais recomendado, pois permite manutenção preventiva, rapidez e precisão no diagnóstico. Consiste na introdução do contraste no sistema. Esse contraste será sensibilizado por uma lâmpada especial mostrando com precisão o local do vazamento.
Nitrogênio não é indicado para verificação de vazamento nem para limpeza do sistema.
O óleo usado deve ser o recomendado pelo fabricante para o seu compressor. Não use óleo para compressor hermético (geladeira).

Fonte: Globo News – Globo Ecologia, (acesso em agosto/2013).
Dicas aos empresários do ramo da refrigeração

R: Cadastrar-se no Programa de Eliminação de CFCs do MMA/PNUD para adequar-se a Portaria 159/04 do MMA, de forma a estar qualificado para receber gratuitamente máquinas recolhedoras de gás CFC de acordo com a normatização da Portaria, que dispõe:
ter consumo mínimo de 50 kg de CFC por ano;
ter pelo menos um técnico aprovado em treinamento de Boas Práticas de Refrigeração;
estar registrado no Cadastro Técnico Federal do IBAMA.

Fonte: Folder PNUD/MMA.

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