A Câmara Ambiental do Setor de Sucroenergético foi criada em 11/10/2002 com o objetivo de promover ações e debates sobre questões ambientais relacionadas à produção de açúcar e etanol, sendo composta por representantes do setor produtivo e pela CETESB.

Por meio de discussões, estudos e projetos, a Câmara Ambiental do Setor de Sucroenergético busca incentivar a adoção de práticas ambientalmente responsáveis, promover a preservação dos recursos naturais e fomentar a inovação tecnológica para tornar a produção sucroenergética cada vez mais sustentável. Além disso, a Câmara atua na disseminação de boas práticas e na uniformização das orientações técnicas pelas regionais da CETESB no âmbito dos processos de licenciamento ambiental.

Com um trabalho pautado na colaboração e no diálogo entre os diversos atores envolvidos, a Câmara se destaca como um importante fórum de discussão e articulação para o esclarecimento de dúvidas quanto ao processo de licenciamento ambiental no âmbito da CETESB, sendo uma referência para propositura de atualizações na regulamentação estadual buscando refletir os avanços operacionais do setor produtivo.

O setor sucroenergético no Estado de São Paulo é de grande relevância socioeconômica e para garantia de uma matriz energética renovável, contando com 143 unidades produtoras, cerca de 5,5 milhões de hectares de cultivo, variando conforme área e ambiente de reforma, 472 municípios envolvidos e aproximadamente 280 mil empregos diretos. Além disso, a produção de cana-de-açúcar na safra 2023/2024 atingiu 387,6 milhões de toneladas, representando 55% do processamento nacional. O setor sucroenergético desempenha um papel fundamental como fonte de energia renovável no Estado de São Paulo, considerando apenas a energia elétrica excedente gerada para rede, o setor atende ao consumo equivalente de mais de 5 milhões de residências. A CASS e o CMA desempenham um papel crucial na promoção da sustentabilidade ambiental nesse setor estratégico, buscando soluções inovadoras e práticas responsáveis para os desafios ambientais enfrentados pela indústria sucroenergética.

Protocolo Agroambiental – Etanol Verde e Etanol Mais Verde

Etanol Verde – celebrado em 04 de junho de 2007 entre o Governo do Estado de São Paulo, representado pela Secretaria de Meio Ambiente e Secretaria de Agricultura e Abastecimento, e UNICA, representando as unidades de processamento de cana-de-açúcar, com o objetivo de promover a antecipação dos prazos para eliminação da queima como método agrícola pré-colheita no estado de São Paulo.

Etanol Mais Verde – celebrado em 26 de junho de 2017 entre o Governo do Estado de São Paulo, representado pela CETESB, SMA e SAA, e o setor sucroenergético, com a UNICA, representando as unidades de processamento de cana-de-açúcar, e ORPLANA, representando os fornecedores de cana-de-açúcar, com o objetivo de promover o desenvolvimento sustentável do setor sucroenergético paulista, especialmente visando à superação dos desafios decorrentes da mecanização da colheita da cana-de-açúcar.

Diretivas do Etanol Verde e Etanol Mais Verde:

  • Antecipação dos prazos para a eliminação da queima da cana-de-açúcar.
  • Proteção de matas ciliares e recuperação daquelas ao redor de nascentes.
  • Planos técnicos de conservação do solo e dos recursos hídricos.
  • Medidas de redução de emissões atmosféricas.
  • Atendimento das diretivas pela indústria.
  • Obtenção do Certificado de Conformidade Agroambiental.
  • Fomento à pesquisa para o aproveitamento da palha.
  • Apoio à instalação da infraestrutura logística em São Paulo.

Resultados do Etanol Verde e Etanol Mais Verde safra 2023

99,8% da área de cana cultivada no estado de São Paulo foi colhida sem o uso do fogo como método agrícola pré-colheita;

Desde 2007, com a eliminação antecipada da queima, foram evitadas as emissões de 12,24 milhões t CO₂ eq e 73,8 milhões t CO, HC e NOx;

Emissões GEE evitadas equivalem às emissões de aproximadamente 214 mil ônibus circulando durante um ano;

Setor Sucroenergético paulista investiu na aquisição de equipamentos e profissionalização de mão-de-obra: são mais de 4 mil colhedoras (próprias e terceirizadas) em 2023, comparadas às 753 na safra 2007/08, contando com a requalificação e capacitação de mais de 400 mil trabalhadores;

Mais de 54 milhões de mudas de vegetação nativa, plantadas em mais de 200 mil hectares de áreas ciliares e 8.230 nascentes protegidas e recuperadas;

O consumo médio de água por tonelada de cana-de-açúcar processada foi reduzido dos 5m3 da década de 90, para os atuais 0,7 m3.

COMPOSIÇÃO DA CÂMARA

SIAESP

  • Titular: Andre Elia Neto
  • Suplente: Homero Tadeu de Carvalho Leite

Tereos

  • Titular: Rafael Campolina Melo
  • Suplente: Bruno Henrique Tobasi

Pedra

  • Titular: Thais Zepponi
  • Suplente: Felippe Miranda

Colombo

  • Titular: Bruno Segura da Cruz
  • Suplente: Alan Silvério

São Manoel

  • Titular: Eder Fernando Luciano
  • Suplente: José Ricardo Cheche

Raizen

  • Titular: Giuseppe Zermo
  • Suplente: Jose Luiz Ramela Bertoli

Lins

  • Titular: Olivia Merlin
  • Suplente: Adriano Calegari

Cofco

  • Titular: Etelminio de Almeida Bastos Neto
  • Suplente: Kassia Barbosa Cajuela

São Martinho

  • Titular: Andre Tebaldi
  • Suplente: Carlos Eduardo Faroni

SIFAESP

  • Titular: Gilberto Santos
  • Suplente:  Vitor Morilha

CETESB

Diretoria de Controle e Licenciamento Ambiental

  • Titular: Silvio Beraldi -Agência Ambiental de São José Rio Preto
  • Suplente: Amauri da Silva Moreira – Agência Ambiental de Jaboticabal

Diretoria de Engenharia e Qualidade Ambiental

  • Titular: Maria Helena R.B. Martins – Departamento de Qualidade Ambiental
  • Suplente: Claudio Darwin Alonso – Departamento de Qualidade Ambiental

Diretoria de Avaliação de Impacto Ambiental

  • Titular: Maria Cristina PolettoDivisão de Licenciamento de Empreendimentos Industriais Minerários e Urbanísticos
  • Suplente: Fabio Deodato – Setor de Licenciamento de Empreendimentos Industriais Agroindustriais e Minerários