Introdução:
Em 07/07/2008, foi instalada a Câmara Ambiental do Setor de Suinocultura, com o objetivo de discutir e buscar o aprimoramento de parâmetros e procedimentos para o licenciamento ambiental da atividade. A criação da Câmara Ambiental tem origem no interesse do Setor em discutir o aproveitamento do biogás e biofertilizante produzidos nas granjas. A Câmara manteve-se ativa até 2012, retomando suas atividades em outubro de 2020. Desde o início, o setor produtivo aponta como destaques os seguintes pontos:
- a industrialização e profissionalização da suinocultura;
- a importância da suinocultura na economia, saúde, meio ambiente e agricultura;
- a perda da suinocultura para outros Estados;
- a suinocultura em outros Estados e Países;
- os desafios da suinocultura.
O Setor de Suinocultura
O número de cabeças de suínos nos estabelecimentos agropecuários brasileiros é de 52.966.861, sendo no Estado de São Paulo um número de 2.839.682, ou seja, 5,36% da produção nacional.
Com este número de cabeças de suínos o Estado de São Paulo ocupa a 6ª posição entre os maiores criadores do país, tendo exportado 1.609 toneladas de carne suína “in natura” no ano de 2021.
Nesse ranking, os 5 primeiros colocados são:
- Estado de Santa Catarina com 15.026.797 cabeças;
- Estado do Paraná com 10.742.902 cabeças;
- Estado do Rio Grande do Sul com 9.289.205 cabeças;
- Estado de Minas Gerais com 6.554.923 cabeças, e;
- Estado de Mato Grosso com 2.909.271 cabeças.
No 2º trimestre de 2023 foram abatidas no país 14,08 milhões de cabeças de suínos, sendo que a Região Sul respondeu por 67,6% do abate nacional, seguida pela Sudeste com 17,8%, Centro-Oeste 13,4%, Nordeste 1,0% e Norte 0,2%.
No ranking das Unidades Federativas, Santa Catarina continua liderando o abate de suínos, com 29,7% da participação nacional, seguida por Paraná com 21,4% e Rio Grande do Sul com 16,5%.
As exportações brasileiras de carne de suíno aumentaram 14,9% na comparação com o 2º trimestre de 2022 e tiveram a China como principal destino com 35,4% de participação, e registraram um aumento do faturamento em dólares de 719.342 milhões (no ano de 2021, foram exportadas 511.375 toneladas de carne suína para a China).
Composição da Câmara Ambiental
Presidente: Valdomiro Ferreira Junior – APCS
Suplente: Sandra Brunelli Prada – APCS
Titular: Gilson Gonçalves Guimarães – CETESB
Suplente: José Contrera Lopes Neto – CETESB
Representantes do Setor
ABPA – Associação Brasileira de Proteína Animal
ABRAVES – Associação Brasileira de Veterinários Especialistas em Suínos
CBNA – Colégio Brasileiro de Nutrição Animal
FAESP – Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo
SINDIRAÇÕES – Sindicato Nacional da Indústria Alimentação Animal
ASSESISP – Associação dos Estabelecimentos com Serviços de Inspeção do Estado de São Paulo
APCS – Associação Paulista de Criadores de Suínos
CRMV – Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo
DEAGRO – Departamento de Agronegócio – FIESP / GAPPI – Gestão e Assessoria em Pastagem e Pecuária Intensiva
UNIÃO BRASIL SERVIÇOS AMBIENTAIS LTDA.
Representantes da CETESB
DIRETORIA DE CONTROLE E LICIENCIAMENTO AMBIENTAL
Titular: Cesar Eduardo Padovani Valente
Suplente: Laercio Vechini
DIRETORIA DE ENGENHARIA E QUALIDADE AMBIENTAL
Titular: Maria Inês Zanoli Sato
Suplente: Mara Magalhães Gaeta Lemos
DIRETORIA DE IMPACTO AMBIENTAL
Titular: Sidney Shinke
Suplente: Sandra Ruri Fugita
Amparo Legal:
Processo Físico CETESB 79/2008/310
Processo Digital e-ambiente – CETESB.059789/2021-74
Trabalhos em Andamento
GRUPO DE TRABALHO – APLICAÇÃO DE EFLUENTES DA SUINOCULTURA EM FERTIRRIGAÇÃO
Um dos maiores desafios para a agricultura nesta década será o de desenvolver sistemas agrícolas sustentáveis que possam produzir alimentos e fibras em quantidades e qualidades suficientes, com mínimo impacto ambiental. A técnica conhecida como fertirrigação é utilizada no Brasil há pelo menos 3 décadas e consiste basicamente no uso de fertilizantes combinados com o processo de irrigação. Dessa forma, os adubos são injetados na água de irrigação formando o que se chama de “água de irrigação enriquecida”. O tema é relevante, sendo uma alternativa apresentada pelo setor, que tem bases técnicas para sua aplicação, porém sua viabilidade precisa ser melhor estudada, levando-se em consideração os benefícios agronômicos, a proteção ao meio ambiente e à saúde pública.
Objetivo – Considerando que a produção de alimento em condição de irrigação necessita de um volume substancial de água, determinado pela condição evapotranspirométrica da região, a utilização de efluentes tratados possibilita uma economia expressiva de água dentro do meio agronômico, aumentando a sustentabilidade do processo produtivo. A utilização de efluentes da criação de suínos tratados corretamente e aplicados por meio da fertirrigação não somente traz um ganho para o segmento, como auxilia a sustentabilidade do setor e ainda diminui o uso de fertilizante químico, que em regra é menos agressivo para o solo e plantas em face da sua concentração. Ao lado dos galpões de suínos, o biodigestor capta os dejetos da granja transformando-os em biofertilizante para ser usado na agropecuária, sendo o processo de produção ecologicamente correto. Dessa forma, o processo de fertirrigação aplica o líquido tratado, que contém elementos essenciais para a planta, entre eles o nitrogênio, potássio e fósforo.
Prazo para apresentação de uma proposta de norma técnica até julho de 2025. Veja o Cronograma.
Coordenação: Auto coordenação CETESB
Membros do GT – CETESB
Antônio Luiz Lima de Queiroz
Cinthia Dias Rocha
Paulo Sergio Fernandes
Ana Tereza Galvani
Sidney Shinke
Eduardo Mazzolenis de Oliveira
Membros do GT – SETOR PRODUTIVO
Prof. Dr. Luis Cesar Dias Drumond / APCS – GAPPI
Prof. Dr. Fluvio Eleodoro Marcos / APCS – UNIÃO BR