Os focos de incêndio foram controlados
Os focos de incêndio foram controlados
Os focos de incêndio foram controlados

Os técnicos da Cetesb continuam acompanhando as ações e medidas necessárias para minimizar os impactos ambientais do incêndio ocorrido na Unidade 2 da Vale Fertilizantes, na Vila Parisi, no Polo Petroquímico de Cubatão, na tarde desta quinta-feira, 5 de janeiro.

A agência ambiental paulista trabalha em duas frentes. Investigando as causas do acidente e avaliando o sistema de funcionamento da unidade sinistrada, para que sejam corrigidas eventuais falhas de operação. Além de seguir monitorando o rio Mogi.

No momento, a situação está totalmente controlada e a planta industrial, parada. Unidades não afetadas devem retomar operação após revisão. Provavelmente retornem no final de semana. O monitoramento das águas não evidenciaram problemas, até porque o volume despejado foi relativamente pequeno, motivado por parada de bomba, por falta de energia durante 30 minutos. O restante dos efluentes foi contido em lagoa de equalização do sistema de tratamento.

A Agência de Cubatão da Cetesb foi orientada a suspender a licença ambiental de Operação  para as unidades afetadas e condicionar a reforma à obtenção das devidas licenças.

Ações anteriores

Conforme os técnicos da Cetesb já haviam informado mais cedo, as ações de rescaldo tiveram êxito e os focos de incêndio foram controlados e não oferecem riscos. A pluma esbranquiçada foi controlada totalmente por volta das 22h00 de quinta-feira. Mesmo assim, os bombeiros permaneceram trabalhando para que os focos de incêndio não voltassem. A comunidade Mantiqueira, que foi deslocada para uma escola do município, retornou para as residências na mesma noite.

A equipe da Cetesb está monitorando e fará avaliação dos pontos de lançamento de efluente líquido da empresa: rio Mogi e córrego do Índio, para identificar mortandade de peixes.

Ainda na noite de quinta-feira, depois das ações de rescaldo, os técnicos da emergência e do plantão da Cetesb percorreram as instalações internas para acompanhar os possíveis danos ambientais, principalmente relacionados a geração de efluente líquido após o uso de água para apagar as chamas. Havia-se constatado que a maior parte do efluente gerado foi para o sistema de tratamento e para a lagoa pulmão existentes. Não foi identificado, no ponto de lançamento existente, alteração de vazão e característica da qualidade da água no córrego afluente do rio Mogi. Mesmo assim, foi feita a coleta para análise de alguns parâmetros.

Importante mencionar que o galpão de armazenagem de nitrato de amônio que incendiou tem capacidade para 35 mil toneladas e no momento do incêndio estava com cerca de 10 mil toneladas do produto.

A Vale Fertilizantes foi multada em R$ 70 mil em janeiro de 2015 na unidade 3 por emissão de SO2 (dióxido de enxofre); em R$ 250 mil em setembro de 2016 na unidade 1 por lançamento de efluente contaminado com amoníaco. E agora, com relação à ocorrência na unidade 2, a Cetesb deverá novamente tomar as ações cabíveis.

O incêndio teve início em uma das correias que alimentam o galpão de nitrato de amônio, matéria-prima para a produção de fertilizantes. Trata-se de um produto explosivo, o que obrigou o Corpo de Bombeiros a isolar a área, tomando-se, inclusive, a decisão de interditar a Rodovia Cônego Domênico Rangoni, nos dois sentidos – o nitrato de amônio, quando inalado, pode causar forte irritação nos olhos, garganta e no trato respiratório. Ontem mesmo, a rodovia foi liberada.

Imagens feitas pelo drone da agência: https://youtu.be/uC4GwVDyPas

 

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Fumaça que era emitida na quinta-feira