Documento entregue ao IBAMA prevê redução de emissões de CO2
Foto Destaque: Oswaldo Lucon, Mario Mantovani, Carlos Roberto dos Santos, Maurício Brusadin, Suely Araújo e Zilda Veloso
A Secretaria do Meio Ambiente e a CETESB (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) elaboraram uma nova proposta de regulamentação para veículos novos, válida para os próximos 15 anos, dentro do Proconve (Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores). A principal novidade da proposta é o controle das emissões de dióxido de carbono (CO2) e dos demais gases de efeito estufa (GEE), que provocam a elevação da temperatura global.
O documento foi entregue, em Brasília, na terça-feira, 20/3, à presidente do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), Suely Araújo, pelo secretário do Meio Ambiente, Maurício Brusadin, e pelo presidente da Cetesb, Carlos Roberto dos Santos. Segundo a proposta, alinhada com o Acordo de Paris e com os compromissos brasileiros, o controle de CO2 traz uma vantagem adicional exigindo, indiretamente, uma maior eficiência energética dos veículos, qualquer que seja o combustível, proporcionando uma real economia ao bolso do consumidor.
Para isso, o Brasil precisará desenvolver uma tecnologia alinhada aos melhores padrões internacionais, promovendo a expansão da competitividade da nossa economia. Assim, o país se habilitará para uma participação efetiva no mercado de veículos elétricos, geração solar e eólica, redes inteligentes e outros. Em tal cenário, deverá buscar a integração da indústria sucroenergética a esses novos paradigmas, incluindo o gás natural como energético de transição para um futuro de alta taxa de eletrificação.
A proposta paulista prevê a introdução das novas tecnologias veiculares, reduzindo a enorme defasagem em relação aos países desenvolvidos. O texto traz ainda medidas que garantem uma maior durabilidade nos sistemas veiculares e inclusão de reduções nos níveis de ruído de carros, motos, ônibus e caminhões.
Outra novidade é o controle de emissões evaporativas responsáveis, por exemplo, pela poluição por ozônio nos grandes centros urbanos. Além disso, a proposta prevê a inclusão de itens para a prevenção contra mecanismos eletrônicos que burlam sistemas de medição e controle de poluição, semelhantes ao apelidado “dieselgate”, ocorrido nos Estados Unidos e na Europa, envolvendo grandes montadoras de veículos.