O objetivo é difícil e complexo, mas importante para assegurar a qualidade das águas em nosso território nacional. Trata-se de um programa, gerenciado pela Agência Nacional de Águas – ANA, que objetiva consolidar uma rede de monitoramento da qualidade das águas, com abrangência em todo o País.
A ANA, para concretizar o programa, vem utilizando a estrutura já existente em alguns Estados. Como exemplo, podemos citar São Paulo, que administra, através da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – CETESB, uma rede com 384 pontos monitorados, onde 175 se integram a rede federal.
Para Nelson Menegon Júnior, gerente da divisão de Qualidade das Águas e do Solo da CETESB, “ter uma rede instalada e em funcionamento, assegura a credibilidade do diagnóstico das águas superficiais no Brasil. Fato que deverá vencer grandes desafios, como a implantação da rede na Região Norte.”
Como forma de acelerar o processo, a ANA vem apoiando os Estados com o fornecimento de equipamentos, como sondas multiparâmetros de qualidade, medidores de vazão de rios, carros e barcos. Outra forma de consolidar a rede e viabilizar treinamentos, com o intuito de assegurar o total aproveitamento dos equipamentos doados, já que são todos de última tecnologia.
Durante uma semana, de 26 a 30 de deste mês de maio, 20 especialistas em monitoramento das águas, dos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Espirito Santo, estão reunidos na CETESB, em um primeiro curso, do total de cinco que serão ministrados pela ANA, para aulas práticas e teóricas de como utilizar os equipamentos recebidos.
“O treinamento é importante, pois são modelos de última geração, que permitem estabelecer medidas de vazão em um tempo muito curto.” – explica Menegon.
No Estado de São Paulo existem 384 pontos de monitoramento, incluindo a utilização de ensaios ecotoxicológicos e avaliação das comunidades aquáticas. Do total de pontos, 175 estão ligados à rede federal de monitoramento, com a expectativa de um aumento significativo.
No Brasil, 17 estados realizam um monitoramento sistemático, num total de 2.400 pontos de qualidade, que são monitorados de forma dispersa. Com a implantação da rede nacional passarão a ter um acompanhamento padronizado.
Texto: Cristina Couto
Fotografia: Nelson Menegon