Com corpo docente de alto nível, evento atraiu alunos igualmente capacitados, resultando em debate precioso
O segundo curso sobre “Crise Climática: Adaptação, Resiliência e Biodiversidade” da CETESB este ano está ocorrendo no mês de agosto, com término no próximo dia 20. Como no primeiro, realizado no mês de maio, cerca de 30 alunos, não só de São Paulo, mas também de outros municípios paulistas e outros estados, foram atraídos pela importância e interesse atual em torno do tema, envolvendo as questões do clima, suas mudanças, consequências e ações necessárias.
A diretora-presidente da Companhia, Patrícia Iglecias, foi uma das docentes, em 13/08, discorrendo sobre a “Litigância Climática”. Para ela, o curso tem várias virtudes, reúne um corpo docente expressivo, com especialistas nas áreas de abrangência do assunto e oferece mais uma oportunidade de capacitação para os profissionais que atuam, ou querem atuar, e se aprofundar na agenda ESG – Environment, Social and Governance, em especial, com o tema mudanças climáticas.
“Precisamos preparar os profissionais e ampliar a base técnica disponível no país para essa agenda e a CETESB está contribuindo com o esforço. Temos exemplos de conteúdos atualizadíssimos, posso citar, por exemplo, as aulas da profa. Manuela Rosa, da Universidade de Algarve, sobre crise climática, mobilidade sustentável e cidades sensíveis à água, experiências europeias, que agregam uma contribuição para o debate”, ressaltou.
Lembrou do bom nível dos alunos: “O corpo discente, composto por profissionais de empresas renomadas, buscando ampliar ainda mais sua ‘expertise’, é uma excelente oportunidade para a CETESB e para os participantes, com debates de alto nível”.
A coordenadora técnica do curso, Josilene Ferrer, da CETESB, além da introdução geral do assunto, falou sobre o Acordo de Paris, os mercados de carbono internacionais, o Acordo Ambiental São Paulo, os principais desafios da crise climática , e a COP 26, que acontecerá em Glasgow – Escócia – no início de novembro próximo. Segundo ela, “os conhecimentos dos temas abordados pelo curso são imprescindíveis para trabalhar na agenda climática, alguns são muito novos e estão se avolumando rapidamente, em experiências em outros países e mesmo no Brasil”.
Para Ferrer, “um excelente exemplo das novas agendas é o tema ministrado pela Dra. Patrícia Iglecias, sobre litigância climática, que é uma realidade para várias empresas. Os governos, organizações e entidades precisam se preparar para essas novas agendas, pois as possiblidades de ações judiciais e administrativas envolvendo questões relacionadas à redução de emissões de gases de efeito estufa – GEE, ou ainda ações para forçar governos a implementar leis e políticas de redução de emissões ou exigir medidas em licenciamento ambiental, já são presentes”. Conforme a especialista, os profissionais que atuam na agenda ESG, com gestão de riscos, seja em procedimentos de licenciamento ambiental ou em ações com rebatimento climático, precisam estar atentos.
Os outros professores do curso são: George Magalhães, diretor-executivo da Gema Capital Natural; Manuela Rosa, coordenadora da área científica de Ordenamento do Território, Planejamento e Arquitetura do Instituto Superior de Engenharia da Universidade do Algarve – Portugal; Alexandre Mesquita, graduado em Relações Internacionais com Economia na FAAP; Melina Amoni Silveira Alves, gerente de Risco Climático e Adaptação na WayCarbo; e Délcio Rodrigues, ambientalista, consultor e empresário, diretor-executivo do Instituto Climainfo.
O conteúdo do curso é composto de quatro módulos, versando sobre “política e mudanças climáticas”; “adaptação e empresas”; “desenvolvimento de projetos”; e “experiências e desafios, estratégias integradas de adaptação às mudanças climáticas”. Entre as temáticas específicas abordadas pelos docentes, “Desenvolvimento e financiamento de projetos climáticos na América”, “Cidades Sensíveis à Água, experiências europeias”, “Adaptação e resiliência, crise climática, tendências e desafios” e “Crise climática e a mobilidade sustentável (baixo carbono)”.
A organização ficou a cargo do Setor de Cursos e Transferência de Conhecimento, da CETESB.