Evento ocorreu em aterro sanitário da Veolia, instalado na cidade de Iperó.
A diretora-presidente da CETESB – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo, Patrícia Iglecias, e o diretor de Avaliação de Impacto Ambiental, Domenico Tremaroli, estiveram, em 6/10, no Centro de Gerenciamento de Resíduos – CGR da Veolia, na cidade de Iperó, na inauguração de uma usina termelétrica instalada no aterro sanitário da empresa.
Além da unidade em Iperó, a empresa opera duas outras usinas instaladas em aterros da capital paulista e em Biguaçu, em Santa Catarina. Segundo o CEO da Veolia Brasil, Pedro Prádanos, a energia elétrica gerada pela decomposição dos resíduos orgânicos dos três aterros é suficiente para abastecer uma cidade com aproximadamente 42 mil habitantes.
“A operação é parte do projeto “Energia Circular: impulsionando o desenvolvimento sustentável no Brasil” e tem cerca de 12.400 kW de energia renovável instalada”, afirmou o executivo.
Patrícia Iglecias destacou a alegria de poder celebrar com os integrantes da empresa essa inauguração. “A usina permite a redução dos impactos dos resíduos à saúde humana e ao meio ambiente. No contexto atual, melhorar a qualidade de vida é tudo o que desejamos, esse é nosso objetivo, é para isso que trabalhamos. Por isso, nosso principal programa hoje é o CETESB de Portas Abertas.”
A presidente relembrou todas a reuniões realizadas com o CEO durante o processo de licenciamento. “Dentro de tudo o que conversamos em diversas reuniões, quero dizer que nós, na verdade, queremos receber não apenas a Veolia, mas todas as empresas que demandam licenciamento. Para além de um órgão ambiental licenciador e fiscalizador, somos uma Companhia ambiental parceira do setor privado. Queremos ter as melhores atividades acontecendo em nosso Estado. Daí a nossa alegria de estarmos aqui celebrando a inauguração e o avanço do processo de licenciamento, cada vez mais rápido e eficiente, para que mais atividades ocorram em São Paulo.”
Segundo a dirigente, a geração de energia a partir de resíduos deixa de lado o mero processo linear de aterrar. “Nesse sentido, o estado de São Paulo trabalha e busca alternativas. A geração de energia é um foco muito importante para que o Estado continue projetando o que deve acontecer em nosso país.”
As usinas fazem parte do plano estratégico da Veolia que visa transformar os CGRs em Parques Tecnológicos Ambientais. “Questões como a crise hídrica no Brasil devem acelerar a busca de modelos alternativos. Acreditamos que será cada vez mais necessário pensar em fontes estáveis de energia renovável em indústrias e cidades, entre elas, o biogás”, salientou Prádanos.
Em 2021, a valorização do biogás nos aterros da Veolia no Brasil evitará a emissão de 45 mil toneladas de metano na atmosfera, o que equivale a 1,26 milhões de toneladas de CO2, comercializadas como créditos de carbono.
Patrícia Iglecias aproveitou a ocasião para convidar a Veolia a integrar o Acordo Ambiental São Paulo, programa voluntário que convida empresas a assumirem o compromisso de redução de emissão de gases de efeito estufa.
“A empresa está exatamente dentro dessa realidade. O acordo que começou com 55 aderentes, em novembro de 2019, hoje tem 777 empresas. Isso significa que o setor privado adotou o acordo ambiental, não é algo impositivo, é voluntário e é assim que queremos avançar. Queremos a Veolia no acordo para que na COP-26, que será realizada no mês que vem na Escócia, vocês estejam conosco, no evento que São Paulo vai sediar, mostrando os resultados, uma demonstração que São Paulo de fato trabalha em prol do desenvolvimento sustentável.”
O grupo Veolia está presente nos cinco continentes e conta com 179 mil colaboradores.
Texto: Cris Olivette
Fotos: Pedro Calado