Em razão do acidente ocorrido no último dia 20.01, com vazamento do produto químico Acrilato de Butila, que atingiu o Córrego Lavapés e o Rio Paraíba do Sul, no município de São José dos Campos, interior do Estado, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – CETESB aplicou, em 03.02, multas, por infração gravíssima, para as empresas envolvidas, no valor total de 17.502 Unidades Fiscais do Estado de São Paulo – UFESP, correspondente a R$ 287.382,84.

As empresas autuadas foram a Basf S.A., de Guaratinguetá, fabricante do Acrilato de Butila, a Transportes Cavalinho Ltda., de Paulínia, que transportava o produto vazado, e a outra empresa transportadora envolvida no acidente, identificada como Waldir Nantes Souza – EPP, de Mato Grosso do Sul. As duas primeiras foram autuadas em 5.001 UFESPs, cada uma, e a última, em 7.500 UFESPs. Segundo os técnicos o menor valor das duas primeiras multas foram em função da Basf e Transportes Cavalinho terem participado ativamente dos trabalhos emergenciais, disponibilizando pessoal e equipamentos para sanar as consequências do acidente.

Trabalhos emergenciais se estenderam por vários dias

Equipes da Agência Ambiental de São José dos Campos e do Setor de Operações de Emergência da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – CETESB foram acionadas, em 20.01, por volta das 07h00, em virtude do acidente envolvendo uma carreta que transportava produto químico perigoso.

O fato ocorreu na Rodovia Presidente Dutra, no Km 149, pista sul, sentido São Paulo, no trecho da cidade de São José dos Campos, e envolveu dois caminhões, sendo que um deles, pertencente à Transportadora Cavalinho, carregava aproximadamente 28.000 litros de Acrilato de Butila.
A carga, que tinha como procedência a fábrica da BASF, na cidade de Guaratinguetá, e como destino a cidade de Mauá, na Grande São Paulo, vazou totalmente, atingindo as áreas laterais da pista, a galeria de águas pluviais, o córrego Lavapés, que corta a região central da cidade, e posteriormente, o Rio Paraíba do Sul.

Os trabalhos emergenciais, visando evitar maiores consequências ambientais e eliminar a presença do produto nas águas do Córrego Lavapés e do Rio Paraíba do Sul, se estenderam por vários dias.

Texto
Mário Senaga
Fotografia
Agência Ambiental de São José dos Campos