Vídeo mostrando o programa fez parte da apresentação da gestão bem-sucedida de resíduos da prefeitura de São José do Rio Preto
Responsável por quase 30% do PIB brasileiro, o Estado de São Paulo, na liderança também das iniciativas em prol do meio ambiente e, particularmente, das relativas ao aprimoramento da gestão de resíduos sólidos – quesito importante no combate às mudanças climáticas –, igualmente sai na frente e mostra o exemplo, ao apresentar um sistema de gerenciamento online de resíduos de construção civil, o Sigor.
Criado em parceria com o SindusconSP e gerenciado pela Cetesb, o sistema tem em São José do Rio Preto, cidade próspera distante 450 quilômetros a noroeste da capital, com uma população que ultrapassa 450 mil pessoas, um projeto piloto para mostrar que, bem gerido e devidamente estimulado pela Prefeitura, seus resultados positivos podem inclusive atrair atenções de especialistas no Exterior.
O bem-sucedido desenvolvimento do Sigor em São José do Rio Preto, município cujas ações eficientes no tema se estendem a outros inúmeros empreendimentos, como a usina de compostagem de resíduos domiciliares – operando desde 1989 e considerada a maior unidade do tipo no país –, foi um dos itens de um vídeo apresentado no seminário internacional “de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos e Perigosos”, em outubro último na Colômbia, mais exatamente em Medellín. A ex-cidade “mais perigosa do mundo”, em 2013, foi considerada pelo Wall Street Journal a “Cidade Mais Inovadora do Planeta” e, em 2016, sediou um congresso global de empreendedorismo.
Capitaneado pelo prefeito Edinho Araujo, pela secretária municipal do Meio Ambiente e Urbanismo, Kátia Regina Penteado Casemiro e sua equipe técnica, o Sigor rio-pretano foi o primeiro, em todo o território paulista, a ser implantado na versão atualizada do sistema, em 15/03 deste ano. Alguns números para ilustrar seu bom andamento: 19 transportadores cadastrados, nove destinos privados e um público de Áreas e Transbordo e Triagem, três usinas privadas de reciclagem e uma pública, além de dois Aterros de reservação, mais de 100 controles de transporte de resíduos emitidos e mais de 50 Planos de Gerenciamento online validados. Outro dado importante, complementar: em 2017, o último número divulgado de descarte irregular no município foi de 51 (em 1997, eram 1.431), e não existem mais bota-foras.
Conforme lembra João Luiz Potenza, técnico do Departamento de Políticas Públicas de Resíduos Sólidos e Eficiência dos Recursos Naturais e um dos principais idealizadores do Sigor, o sistema tem um funcionamento simples, incluindo a elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos (PGR) pelo gerador, sua validação pela Prefeitura e as várias etapas do fluxo do Controle de Transporte de Resíduos (CTR), que envolvem o gerador, o transportador e a área de destinação de resíduos de construção civil. Todas as informações sobre o Sigor estão disponíveis no site da Cetesb.