Apesar da resistência inicial, o uso de opacímetro na aferição de emissões de fumaça preta por veículos diesel está ganhando adeptos entre os técnicos das empresas de transporte. O opacímetro é um equipamento eletrônico que permite, por meio de um feixe de luz, avaliar a densidade da fumaça coletada por meio de uma sonda introduzida no tubo de escapamento, em um compartimento fechado.

Segundo o engenheiro Olímpio de Melo Álvares Jr., do Setor de Operações e Regulamentação, da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – CETESB, os técnicos das áreas de manutenção das empresas de transporte estão assimilando com facilidade as orientações sobre o uso desse equipamento.

Olímpio está realizando uma série de treinamentos organizada especialmente para difundir o uso de opacímetro pelas empresas. Em 11.05, o técnico ministrou uma palestra e demonstrações para um grupo de 15 técnicos de sete empresas vinculadas ao Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo – SPURBANUSS, no pátio da Viação Itaim Paulista Ltda. – VIP, cuja frota chega a 1.500 ônibus.

Em 12.05, o técnico fará o mesmo treinamento no pátio da Viação Sambaíba, na Zona Norte da Capital, para técnicos de outras sete empresas vinculadas ao SPURBANUSS.
“Tanto as empresas de ônibus como os sindicatos, como a SPURBANUSS e o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros no Estado de São Paulo – SETPESP, por intermédio de seus mecânicos e gerentes de manutenção, têm participado com muito interesse dos treinamentos”, disse Olímpio. Essas empresas assinaram Protocolo de Intenções com a CETESB para participarem do Programa para a Melhoria da Manutenção de Veículos Diesel – PMMVD.
O treinamento consiste de palestra sobre conceitos relacionados à questão das emissões veiculares de fumaça, poluição do ar e medição, e de treinamento prático, seguindo o passo a passo do procedimento regulamentado pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA, por meio da Resolução 418/2009 e pelo Decreto Estadual 54.487/2009.

“Eles que, antes, tinham certa resistência ao uso correto do opacímetro, agora entendem o motivo de cada procedimento e demonstram ter incorporado com facilidade os conceitos envolvidos, mesmo os mais complicados. Saem dos treinamentos aptos a realizarem, sozinhos, as medições conforme a nova norma vigente no Brasil, agora harmonizada com o procedimento da União Européia”, explicou o técnico da CETESB.

Texto
Newton Miura
Fotografia
Olímpio de Melo Álvares Jr.