“Instrumentos de gestão ambiental no transporte rodoviário de produtos perigosos” foi o tema do workshop acontecido nesta quinta-feira, 27.08, no Auditório Augusto Ruschi. O encontro teve como objetivo elucidar a participação do Setor de Atendimento a Emergências, da Cetesb, em grupos de trabalho ligados à prevenção em emergência química.
Para Otavio Okano, presidente da Companhia, a união entre os órgãos que atendem os episódios envolvendo produtos químicos é fundamental. “Trabalhar em parceria com o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil é a forma de assegurar o sucesso da operação” – conclui o presidente.
O evento, que contou com a presença do secretario-chefe da Casa Militar, José Roberto Rodrigues de Oliveira, e do coronel Sérgio Bernardes, comandante do Corpo de Bombeiros, foi dividido em quatro painéis de apresentações, de 20 minutos cada, seguidos de debate. Para o coronel José Rodrigues, o acidente acontecido em Santos, em abril último, no bairro da Alemoa, foi o retrato de uma resposta precisa em termos de atendimento. “A integração entre as equipes envolvidas criou uma teia de proteção para população”, completa o Coronel.
Um assunto em destaque foi à entrada em vigor, em 30 de julho último, da versão revisada da norma técnica NBR 14.064. A mesma aborda às diretrizes do atendimento a emergências no transporte rodoviário de produtos perigosos, que vigorará a partir de 30 de agosto próximo.
Com ela se estabelece os procedimentos operacionais mínimos de preparação e resposta rápida aos acidentes, que envolvam o transporte rodoviário de produtos perigosos – TRPP. Os palestrantes frisaram, que as respostas para as emergências, contempladas na norma, não limitam ou excluem a adoção de procedimentos e diretrizes mais rigorosos.
“A NBR 14.064, que entra em vigor é uma ferramenta importante nos momentos críticos”, salienta Jorge Luiz Gouveia, gerente do setor de atendimento a emergências da CETESB.
Jorge Gouveia destaca, que nos últimos dois anos, um grupo de trabalho coordenado pela CETESB e composto por quase cem profissionais representantes de instituições públicas e do setor privado, inclusive de outros estados, como Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo e Paraná, trabalharam na revisão da norma, com o intuito de estabelecer os requisitos mínimos, para orientar as ações básicas a serem adotadas por entidades ou pessoas envolvidas, direta ou indiretamente, em situações de emergência no transporte rodoviário de produtos perigosos.
Outro tema abordado foi o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), para administradores de rodovias , com foco no transporte de produtos perigosos, vigente a partir de 7 de maio de 2013. A explanação contou com um caso de sucesso: a implantação do PGR na Rodovia Castello Branco.
“O PGR permite trabalhar com a prevenção dos acidentes. Localizar em uma rodovia pontos críticos, como curvas ou saliências, que passam a ser sinalizados, é evitar uma série de possíveis transtornos”, ressalta Carlos Ferreira Lopes, do setor de Atendimento a Emergências da CETESB.
Primeiro no Local
Durante o encontro foram apresentados os resultados do curso “Primeiro no Local”, realizado pela Subcomissão de Estudos e Prevenção de Acidentes no Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos, da Região Metropolitana de São Paulo – Subcom RMSP, coordenada pela CETESB.
“A necessidade de aprender como identificar e agir em uma emergência, fez nascer o curso. Os primeiros momentos são primordiais na tomada de decisão com a finalidade de evitar danos ao meio ambiente e para sociedade”, esclarece Edson Haddad, da CETESB.
Voltado para os profissionais da Defesa Civil, Guarda Municipal, Serviço de Trânsito, Polícia Militar, Serviços de Saúde e órgãos ambientais, o curso já capacitou 1.100 participantes.
O workshop contou com o patrocínio da Associação Brasileira dos Distribuidores de Produtos Químicos e Petroquímicos (Associquim), da Associação Brasileira de Transporte e Logística de Produtos Perigosos (ABTLP), da Transportadora Estrada e da TRM Ambiental.