Técnicos da Agência Ambiental de Santos e do Setor de Atendimento a Emergências, ambos subordinados à Diretoria de Licenciamento e Controle Ambiental da Cetesb, participaram neste dia 13/09, no Porto de Santos, de um simulado contra incêndio. O evento foi promovido pela Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo), no âmbito do Plano de Auxílio Mútuo (PAM) da estatal federal que administra e fiscaliza o Porto de Santos e teve o objetivo de avaliar o tempo de resposta em situações de emergência para identificação do problema.
O exercício simulado, no terminal de contêineres da Santos Brasil, na margem esquerda do porto, apresentou um suposto vazamento de produto tóxico com princípio de incêndio, seguido de explosão, com atendimento de prováveis feridos. Além disso, foi simulado a retirada de um contêiner para evitar a propagação do fogo e um resgate em altura.
Localfrio e Ultracargo
No início deste ano, a Cetesb multou a Localfrio S.A. Armazéns Gerais Frigoríficos em 10 milhões de reais, por emitir poluentes (gases tóxicos) na atmosfera, em decorrência do incêndio ocorrido no dia 14/01, no Guarujá, em contêineres com produtos químicos diversos. Da empresa também foi exigido o cumprimento de várias providências, como revisar seus planos de ação de emergência e gerenciamento de riscos.
Conforme constava no Auto de Multa, os poluentes atingiram áreas residenciais, comerciais, industriais e portuárias nos municípios de Guarujá, Santos, São Vicente e Cubatão, tornaram o ar impróprio, nocivo e ofensivo à saúde, além de inconveniência ao bem-estar público, colocando em risco a segurança da população, ocasionando evacuações e restrições de deslocamentos, e interrupções de atividades comerciais, de terminais portuárias e outras atividades normais das comunidades.
Já em abril de 2015, a Cetesb autuou o Terminal Químico de Aratu/Tequimar, do Grupo Ultracargo, por danos ambientais, riscos à população e outras consequências do incêndio na zona industrial de Santos, no bairro da Alemoa. A Tequimar foi multada por: lançar efluentes líquidos no estuário de Santos, em manguezais e na lagoa contígua ao terminal, e emitir efluentes gasosos na atmosfera; colocar em risco a segurança das comunidades próximas, dos funcionários e de outras instalações localizadas na mesma zona industrial; ocasionar incômodos significativos ao bem estar da população; e provocar a mortandade de milhares de peixes, de várias espécies, no estuário e no rio Casqueiro, prejudicando a pesca na região; além de ocasionar a interrupção das atividades de outros terminais da região e do tráfego de caminhões no Porto de Santos, e os transtornos causados ao tráfego urbano e operações portuárias.
Texto: Mário Senaga
Fotos: Enedir Rodrigues