A gestão de riscos é parte do trabalho de todos e a boa administração minimiza os próprios riscos
A Divisão de Conformidade e Gestão de Riscos, da Diretoria de Gestão Corporativa, promoveu, em 27/10, palestra sobre a Importância do Gerenciamento de Riscos nas Organizações, destinada ao corpo gerencial da CETESB e aberta a todos os funcionários, por meio do canal do Youtube.
O encontro, que contou com mais de 100 espectadores, visou propagar entre os servidores, gerentes e diretores da Companhia, a importância para se evoluir, gradualmente, para a criação de uma cultura de gestão de riscos na Companhia.
Abrindo os trabalhos, a diretora-presidente da CETESB, Patrícia Iglecias, ressaltou a importância da Lei 13.303, de 30 de junho de 2016, a Lei das Estatais, que aborda o estatuto jurídico da empresa pública, estabelecendo mecanismos de transparência e governança a serem observados pelas estatais, assim como pelas empresas da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias. Esses mecanismos devem contemplar regras para a divulgação de informações, códigos de conduta, formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade, constituição e funcionamento dos conselhos, assim como requisitos mínimos para nomeação de dirigentes, além de práticas de gestão de risco.
Para a dirigente, a partir de 2018, em cumprimento a essas determinações, a CETESB instituiu o Comitê de Auditoria Estatutário, o Código de Conduta e Integridade, a Área de Conformidade e Gestão de Riscos, o Canal de Denúncias e o Comitê de Ética, que têm práticas e gestões voltadas para o desenvolvimento de uma política de governança corporativa.
Em seguida, concedeu a palavra aos palestrantes, os professores Ricardo Cerqueira e Fabio Anjos, consultores especializados no treinamento e disseminação da cultura de gestão de riscos no ambiente organizacional e corporativo, bem como em estratégias de gestão abordando a importância da boa governança no pós-pandemia. Os tempos pós-pandemia obrigaram as empresas a uma mudança radical de procedimentos e a uma revisão nos processos e padrões de trabalho e, ainda, sobre os impactos nas relações interpessoais, o que expõem a situações de riscos.
Segundo os especialistas, a cultura do risco dentro das organizações tem um valor fundamental e estratégico para uma adequada gestão, impactando positivamente as tarefas dos colaboradores e da própria empresa. Citaram, como exemplos da falta dessa cultura mais internalizada e aperfeiçoada, que causou prejuízos incalculáveis à sociedade: – o rompimento da barragem em Brumadinho, em 25 de janeiro de 2019, o maior acidente de trabalho no Brasil em perda de vidas humanas, obrigando a empresa Vale a promover ações de reparação na região e auxílio aos atingidos, – e o acidente nuclear em Fukushima, em 2018, no Japão, quando parte do território foi devastado por um terremoto seguido de tsunami e os japoneses enfrentaram um vazamento de radiação em uma usina nuclear afetada.
Em mais de 60 minutos de palestra, seguida de perguntas feitas pelos funcionários para esclarecimentos a suas dúvidas, ficou marcado que a gestão de risco é fundamental para as pessoas e empresas possam evoluir. Despertar nos colaboradores a percepção de que o risco pode surgir em rotinas simples, leva a uma otimização de gestão dos processos, o que acaba promovendo ganhos em todos os níveis. “Nunca negar a inexistência do risco”, alertaram, e sempre melhorar os processos continuamente, por meio de uma boa comunicação institucional, para melhorar o nível de governança, por meio de uma tomada de decisão planejada.
Ressaltaram, finalmente, a importância dos Conselhos e Comitês de Auditoria e de Ética, que são pilares para uma boa governança. A mediação da live coube ao gerente da Divisão de Conformidade e Gestão de Riscos, Roberto Mendonça Garcia.