Após a formação do consórcio celebrado entre a EMAE – Empresa Metropolitana de Águas e Energia e a KWP Energia S/A, em outubro de 2021, com o objetivo de implantar centrais flutuantes geradoras de energia fotovoltaica na represa Billings, teve início o processo de licenciamento ambiental junto à CETESB que, em 09/08/23, concedeu a LI – Licença de Instalação para o empreendimento.
A licença tem vigência de seis anos e a autorização para a supressão de vegetação nativa, tem duração de três anos. O consórcio assinou um TCRA – Termo de Compromisso de Recuperação Ambiental, para restaurar 0,6 hectares de vegetação, como compensação às intervenções.
O empreendimento consiste na instalação de uma ilha fotovoltaica flutuante de 5 MW, com nove mil painéis solares, que ocuparão área total 44.406,57 m² de superfície do lago, localizada nas proximidades da borda da Represa Billings, próximo à Usina Elevatória Pedreira.
Em teste de viabilidade do projeto, foi instalada uma usina piloto no Reservatório Billings de 100 kWp, que ocupou uma área de superfície do reservatório de aproximadamente 1.000 m².
Segundo especialistas, a utilização de espelhos d’água para a instalação de parques solares flutuantes traz vantagens em relação às usinas terrestres, que necessitam de grandes áreas, muitas vezes cobertas por vegetação nativa, que precisa ser suprimida. Quando flutuantes, as usinas aproveitam o espelho d’água, sombreiam o local e reduzem a evaporação da água em até 70%.
São Paulo vem ampliando sua capacidade na geração de energia fotovoltaica. Segundo a ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica, a potência outorgada de energia solar no Estado é de aproximadamente 1.195 MW e a de operação é de 984 MW.