A Inversão Térmica frequentemente é apontada como um dos principais vilões da poluição atmosférica. No entanto, é fundamental entender que se trata de um fenômeno natural que influi na dispersão dos poluentes, ou seja, ela afeta a concentração, mas não é causa da poluição.
Enquanto as fontes poluidoras podem variar suas emissões, são as condições meteorológicas que determinam se esses poluentes permanecerão concentrados em níveis prejudiciais ou serão dispersos.
As inversões térmicas a baixa altitude, por exemplo, são mais comuns durante o inverno e em noites de céu claro. Nessas situações, a temperatura do ar próximo à superfície esfria rapidamente, levando à formação de uma camada de ar mais fria e densa logo acima do solo, que fica “aprisionada” sob uma camada mais quente e menos densa. Isso cria uma barreira que impede a dispersão dos poluentes, contribuindo para o aumento da poluição atmosférica.
Outros elementos, como a geografia da região, o clima e a distribuição das fontes de poluição, presença de ventos ou chuva, também interagem e afetam a concentração e dispersão de poluentes.
A CETESB monitora e gera informações sobre qualidade do ar e as condições meteorológicas no Estado. Seus boletins diários destacam previsões para as próximas 24 horas, considerando se as condições serão propícias ou desfavoráveis à dispersão de poluentes, levando em conta, entre outras variáveis meteorológicas, a influência das inversões térmicas.
Compreender a inversão térmica é fundamental para abordar os desafios da poluição atmosférica e a moldar o cenário da qualidade do ar em nossas cidades.
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