Um bom ambiente de trabalho reflete diretamente na produtividade da empresa e de seus profissionais. E este é um dos focos da atual gestão da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), que promoveu o Workshop: assédio sexual e moral no ambiente de trabalho, na terça-feira, 7 de maio, no auditório Augusto Ruschi.
O tema está em sintonia com a campanha “Trabalho sem Assédio Sexual”, do governo do Estado de São Paulo, para conscientizar os servidores públicos sobre a importância do respeito mútuo, especialmente à mulher, no ambiente de trabalho. “Temos que levar essas informações para todo o estado para que as pessoas tenham a segurança de denunciar e melhorar o ambiente de trabalho”, explicou a presidente da Corregedoria Geral da Administração do Estado Dra. Vera Wolff Bava.
Presente na abertura do workshop, o secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente Marcos Penido destacou que o desenvolvimento e a qualidade do trabalho passam pelo respeito. “Se temos respeito não temos assédio. Precisamos ter cuidado com nossos gestos para não incomodar os colegas”, lembrou.
Para debater o tema, a procuradora do Estado de São Paulo e especialista em direito do Estado Dra. Margarete Gonçalves Pedroso falou sobre os “Conceitos de assédio moral e sexual, exemplos práticos de ambos e preceitos legais (CLT e leis específicas), além da responsabilidade legal de quem observa e não denuncia”.
“Assédio é violência. E o consentimento é a diferença. Se não foi consentido é assédio”, ressaltou a Dra. Margarete. Ela disse ainda que qualquer conduta que ofenda, perturbe, atrapalhe é errado e deve ser denunciada. “Os maiores aliados do assédio são o silêncio e o medo”.
Outro tema do workshop “Como diferenciar o assédio moral dos atos de gestão, além das formas de prevenção do assédio sexual e moral e consequências para o assediado e a organização” foi apresentado pelo corregedor coordenador do Departamento de Controle de Pessoal da Corregedoria Geral da Administração Dr. Mário Augusto Porto.
De acordo com ele, o assédio traz perda de produtividade, bloqueio da ascensão profissional, danos a relacionamentos pessoais e doenças, entre outros prejuízos. E a as mulheres são as maiores vítimas do assédio. “Temos que fazer um esforço -individual e coletivo – para nos livrar de comportamentos arraigados, como o paternalismo, por exemplo”.
Porto explica que a partir da denúncia, é feita a apuração da conduta do agente público, seguida de responsabilização do agressor quando comprovado o assédio sexual.
“Temos de trabalhar em prol de um bom ambiente de trabalho. Passamos muito tempo no trabalho e se esse ambiente não nos trouxer prazer, nossa vida será mais difícil. Então, que todos possamos trabalhar nesse sentido, voltar para casa felizes de ter trabalhado em um ambiente agradável”, destacou a diretora-presidente da CETESB Patrícia Iglecias.
O workshop, dirigido a gestores da CETESB, foi promovido pela Divisão de Conformidade e Gestão de Riscos e Ouvidoria, com o apoio do Departamento de Recursos Humanos da CETESB. A Companhia possui um Canal de Denúncias que possibilita o recebimento de denúncias – internas e externas- relativas a infrações ao Código de Conduta e Integridade: https://cetesb.metasix.solutions/portal . Outras demandas devem ser encaminhadas ao Fale conosco, Ouvidoria e/ou SIC – CETESB.
Texto: Luciana Reis
Fotos: Gilberto Ruiz