A CETESB inaugurou nesta quinta-feira, 19, seu primeiro laboratório de biologia molecular, destinado ao trabalho de identificação de micro-organismos presentes na água e esgoto. Com essa nova unidade, será possível identificar e quantificar com maior precisão os principais vírus responsáveis por surtos de gastroenterites por veiculação hídrica, como rotavírus, norovírus, enterovírus e vírus da hepatite, além do vírus da poliomielite em amostras de esgoto.
A entrega oficial da nova estrutura, integrada à Diretoria de Engenharia e Qualidade Ambiental, contou com as presenças da secretária estadual do Meio Ambiente, Patrícia Iglecias, e do presidente da Companhia, Otavio Okano, além do diretor Carlos Roberto dos Santos. Na oportunidade, fizeram também uma visita às novas instalações do laboratório de química orgânica, que passou por uma reforma geral desde o início de suas atividades, na década de 70.
“Hoje, não só o Estado de São Paulo ganha com essa inauguração. O País também terá um benefício significativo na área da pesquisa”, afirmou a secretária Patrícia Iglecias, considerando que as novas unidades laboratoriais da Agência trarão ganhos efetivos no trabalho de monitoramento da qualidade ambiental.
A construção do laboratório de biologia molecular, sob responsabilidade do Departamento de Análises Ambientais, foi financiada pela FINEP – Financiadora de Estudos e Projetos, com um valor estimado de R$ 455.222,12. Os novos equipamentos – um espectrômetro de massas do tipo MALDI-TOF e um termociclador em Tempo Real – foram adquiridos por meio de recursos provenientes do FEHIDRO – Fundo Estadual de Recursos Hídricos, que somaram valor total de R$ 525.489,29. Já a reforma do laboratório de química orgânica teve um custo estimado de R$ 2.746.000,00, que incluiu projeto, obra civil, sistema de ventilação e condicionamento de ar e gases especiais, mobiliário e capelas. Os recursos se originaram de compensação ambiental feita pela DERSA, em virtude das obras do trecho sul do Rodoanel.
Atualmente, a CETESB conta com 9 laboratórios em sua sede e 7 distribuídos no interior do Estado, perfazendo um total de 400 mil amostras/ano, segundo Maria Inês Zanoli Sato, gerente do Departamento de Análises Ambientais.