Técnicos da Agência Ambiental de Santos e do Setor de Operações de Emergência da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – CETESB atenderam durante todo o dia de hoje, 30/07, um acidente com vazamento de ácido clorídrico na rodovia Cônego Domênico Rangoni, altura do km 1, no Guarujá, junto à ponte sobre o Canal de Bertioga. No momento, a situação está sob controle e as ações emergenciais estão sendo concluídas, sendo que todas as pistas da rodovia já foram liberadas. O que resta do ácido clorídrico que vazou de um dos caminhões envolvidos no acidente e que foi neutralizado com cal está sendo recolhido e deverá ser levado para as dependências da empresa transportadora Borelli, com sede em São Bernardo do Campo. O produto vazado havia ficado retido em parte da pista sentido Guarujá e no solo embaixo da ponte. Nenhum canal de água foi atingido.
O acidente ocorreu por volta das 7h40 da manhã desta sexta-feira. Uma carreta da Transportadora Borelli, que havia saído da Carbocloro, de Cubatão, e se dirigia à Dow Brasil, no Guarujá, transportando em torno de 25.000 litros de ácido clorídrico, foi atingido em sua traseira por um outro caminhão e teve início o vazamento, pela válvula de fundo da carreta. Cerca de 2.500 litros do produto químico vazaram.
O ácido clorídrico é um produto utilizado como agente de acidificação em poços de petróleo, intermediário na fabricação de produtos químicos, redução do ouro, processamento de alimentos e limpeza e decapagem de metais, entre outros, constituindo-se em um líquido incolor, corrosivo, que produz vapores irritantes e pode provocar queimaduras na pele e nos olhos, além de, se inalado, causar tosse ou dificuldade respiratória.
Por isso, quando o ácido começou a cair na pista, atingindo também o sistema de drenagem pluvial da rodovia e chegando até o solo embaixo da ponte, provocando a formação de vapores ácidos, por precaução todas as pistas foram interditadas e a Defesa Civil procedeu à evacuação de parte da população do Bairro Monte Cabrão, que se localiza na vizinhança imediata da ponte, do outro lado da pista, sentido São Paulo.
Um outro caminhão, intacto, foi providenciado pela Borelli e teve início o transbordo do líquido que ainda se encontrava no tanque da carreta avariada. O ácido clorídrico recuperado foi levado de volta para a Carbocloro, fabricante do produto. O ácido que caiu na pista foi retido por diques improvisados de areia e a quantidade que atingiu o solo debaixo da ponte formou poças do produto, mas não atingiu o canal de Bertioga. Aos poucos, a situação foi se normalizando, as pistas foram sendo liberadas gradualmente e a população pôde retornar para suas casas.
Agora há pouco, a situação estava sob controle e, após a limpeza do produto da última faixa de pista que estava interditada, a rodovia foi totalmente liberada. O produto vazado e neutralizado com cal e recolhido e ensacado em embalagens especiais deverá ser transportado para a unidade da Borelli, em São Bernardo do Campo, para posterior encaminhamento para aterro licenciado pela CETESB.
Além da CETESB, participaram das operações emergenciais funcionários da Ecovias, prefeituras de Santos e Guarujá, Corpo de Bombeiros, Resgate, Defesa Civil, Polícia Rodoviária Estadual, e equipes especializadas das próprias Carbocloro e Borelli, assim como da empresa especializada no atendimento em emergências químicas SOS Cotec.