Filiados da Associação Nacional dos Organismos de Inspeção em Segurança Veicular – ANGIS passaram, em 31.03, por um treinamento na Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – CETESB para se habilitarem para oferecer, também, serviços de medição de fumaça preta emitida por ônibus, caminhões, picapes e vans, por meio de opacímetros.
Os órgãos da ANGIS, que atuam na inspeção de veículos recuperados de sinistros ou com alterações de suas características originais, poderão emitir o Relatório de Medição de Opacidade – RMO, com o qual os proprietários multados pela CETESB poderão comprovar que os veículos passaram por uma manutenção adequada e requerer redução da multa por emissão de fumaça preta, atualmente de R$ 985,20, em 70%.
Desta maneira, a CETESB amplia a rede de oficinas qualificadas a realizarem testes de emissão de fumaça preta, em todo o Estado. Além da ANGIS, foram treinados também os filiados do Sindicato da Indústria de Reparação e Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo – SINDIREPA, Sindicato de Remanufaturamento, Recondicionamento e/ou Retífica de Motores e seus Agregados e Periféricos no Estado de São Paulo- SINDIMOTOR, Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros no Estado de São Paulo – SETPESP e Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo – SPURBANUSS.
A ação faz parte do Programa para a Melhoria da Manutenção de Veículos Diesel – PMMVD, para o acompanhamento do trabalho de oficinas mecânicas para diminuir e controlar a emissão de fumaça preta emitida pelos escapamentos de cerca de 1,1 milhão de veículos a diesel, que compõem a frota do Estado de São Paulo.
Com a adesão da ANGIS, será possível a ampliação da rede de medição, que conta atualmente com aproximadamente 150 oficinas capacitadas a fazerem o diagnóstico da regulagem dos motores e atende cerca de 30.000 veículos por ano, o que corresponde a 3% da frota diesel registrada no Estado.
O uso do opacímetro permite avaliar com precisão os níveis de emissões dos veículos. O equipamento mede o quanto a fumaça impede a passagem de luz, segundo uma unidade ótica denominada opacidade. Nas vistorias, o motorista, após uma aceleração para “descontaminar” o motor e o escapamento, deve realizar mais três operações de aceleração e desaceleração com a sonda de fumaça conectada na saída do escapamento. A média das três operações não deve ser superior ao limite especificado na regulamentação do CONAMA. Os veículos desregulados, em desconformidade com as especificações, chegam a emitir até 10 vezes mais que o valor estipulado na legislação.
Cabe frisar que a ampliação do PMMVD também visa estimular a criação de uma cultura da correta medição sistemática de fumaça em veículos a diesel na rede de reparação e nas empresas de transporte de carga e passageiros.
Texto
Newton Miura
Foto
José Jorge