A segunda turma dos cursos promovidos pela Câmara Ambiental do Setor de Abate, Frigorífico e Graxaria e a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – CETESB, nos últimos dias 27 e 28 de outubro, em São José do Rio Preto, no auditório do DER, junto à agência ambiental local, teve a participação de 60 pessoas e foi finalizada com muitos elogios por parte de todos os participantes, tanto técnicos como docentes. A primeira turma teve os cursos “Controle da Poluição do Ar no Setor de Abate, Frigorífico e Graxaria” e “Tratamento de Efluentes Líquidos no Setor de Abate, Frigorífico e Graxaria”, ministrados em dois dias também, nos dias 20 e 21 de outubro último, em São Paulo.
O treinamento, que contou com o apoio das Divisões de Gestão do Conhecimento e de Coordenação das Câmaras Ambientais da CETESB, reuniu técnicos das agências ambientais da Companhia – cerca de 40 técnicos da Diretoria de Licenciamento e Gestão Ambiental – e do setor produtivo, e seu objetivo foi passar uma orientação geral dos principais problemas enfrentados atualmente pelo setor e as soluções mais satisfatórias e eficazes para as problemáticas apresentadas e discutidas.

O engenheiro ambiental Pablo Garcia A. de Lapuente, 23 anos, estagiário de pós-graduação que está prestando serviço na Agência Ambiental de São José do Rio Preto há três meses, achou muito interessante o curso, principalmente no tocante às questões de legislação e também para conhecer melhor os problemas que envolvem o setor, que concentra muitas empresas na região e, somente na agência de Rio Preto, registra oito estabelecimentos, de graxarias associadas com frigoríficos.

No que complementa o engenheiro Lineu Bassoi, do Setor de Avaliação de Sistemas de Saneamento, da CETESB, e um dos docentes – na parte relativa a tratamento dos efluentes líquidos lançados pelas indústrias -, que atestou a importância da realização do treinamento, ao sentir o grande interesse despertado entre os participantes, principalmente dos representantes do setor. “O curso foi um sucesso”, disse, enfatizando ainda que os assuntos abordados tiveram o objetivo de ajudar a esclarecer diversos aspectos fundamentais, como os referentes à atualização da legislação relativa a tratamento de efluentes líquidos e suas consequências, lembrando que a resolução federal CONAMA 357 está vigente desde 2005, mas agora passa por momento de intensa aplicação.

A advogada Renata Pires Castanho Checchinato, docente nos cursos tanto em São Paulo como em Rio Preto, representante do setor produtivo e membro efetivo da Câmara Ambiental, achou “excelente a oportunidade”, de expor o ponto de vista do setor produtivo e ouvir argumentos contrários por parte de técnicos da CETESB. “Foi muito democrática a discussão, o curso refletiu muito bem os trabalhos da Câmara Ambiental”, contou.

Paulo Sergio Magalhães dos Santos, gerente administrativo do abatedouro de aves Agroindustrial Irmãos Dalla Costa, ex-Palmali Industrial de Alimentos, localizado no município de Rancharia, também teceu muitos elogios à realização do curso. “Foi excelente, pois deu oportunidade a nós, do setor produtivo, de esclarecer muitas dúvidas. Até hoje não tínhamos sido convidados para um curso deste nível, com um pessoal altamente especializado, que nos responderam sobre tudo. Magalhães disse que o aproveitamento foi em dobro para ele, pois a empresa em que trabalha antes só desenvolvia a atividade de abatedouro e agora está se preparando para também trabalhar com graxaria, sendo que no curso ele pôde aprofundar e adquirir bastante conhecimento sobre ambas as atividades.

Participaram do curso como docentes, pelo lado da CETESB, os engenheiros Lineu Bassoi, Armando Carlos Brandini, da Agência de Jundiaí e secretário executivo da Camara Ambiental do setor, e Sergio Rancevas, do Setor de Gestão de Processos. Como representantes do setor produtivo, participaram como docentes, a Dra. Renata Pires Castanho Checchinato e o engenheiro do setor de graxarias, Péricles Rodrigues Silva.

Texto: Mário Senaga
Fotografia: Câmaras Ambientais / José Jorge