Um sistema remoto de monitoramento de manchas de óleo em mar, estuários, mangues, rios e mesmo nas imediações dos portos, desenvolvido na Noruega e que envolve o uso de uma sofisticada câmera com dispositivo infravermelho – o que permite obter nítidas imagens também à noite – , e potente “zoom”, além de possibilitar a transmissão das imagens para um centro de controle distante, e em tempo real, foi apresentado nesta quinta-feira, 02/02, aos técnicos do Setor de Atendimento a Emergências – CEEQ, na sede da CETESB.

Para fazer a apresentação do sistema, estiveram presentes representantes da Aptomar AS, empresa norueguesa que desenvolveu os equipamentos, de sua representante no Brasil, Paschoalin Technical And Commercial Suport, do Rio de Janeiro, e da Alpina Briggs, empresa inglesa especializada no atendimento a emergências com derramamento de óleo em água, com atuação no país.

Segundo Carlos Ferreira Lopes, um dos técnicos do CEEQ que assistiram à apresentação, o sistema, denominado “Securus”, mostrou-se bastante interessante e poderia apoiar os trabalhos da CETESB em situações emergenciais, como por exemplo na identificação mais rápida e precisa, no caso de um vazamento de óleo. Com a ajuda de um “software” específico, que faz parte do pacote tecnológico, é possível, conforme foi informado aos técnicos da CETESB, editar ou dimensionar o contorno e a área da mancha, a partir das imagens recebidas na tela, e preparar uma resposta de atendimento emergencial mais eficaz.

“Com uma câmara fixa instalada em um ponto estratégico no Porto de Santos, poderíamos monitorar um início de vazamento ou despejo de óleo no canal do porto, a partir da nossa própria central de atendimento, na sede da Companhia, em São Paulo”, exemplificou Carlos, que lembrou que a CETESB se depara com muitos casos e denúncias das chamadas “manchas órfãs” de óleo, que aparecem próximas às praias e das quais não se consegue identificar a origem.

Texto: Mário Senaga