As praias, especialmente durante o verão, são locais de lazer e descanso. No último mês de janeiro, notícias veiculadas na imprensa chamaram a atenção de banhistas ao informarem sobre ferimentos causados pelo peixe bagre. Turistas teriam pisado em peixes dessa espécie, encontrados mortos à beira-mar, o que causou ferimentos em razão da presença de ferrões.

O bagre, também é chamado de peixe-gato, pois possui um ou mais pares de antenas, semelhantes aos bigodes de um felino. Essas antenas, conhecidas como barbilhões, ajudam o peixe a localizar suas presas. Existem cerca de 2.500 espécies de bagres, que são parentes das carpas, das piranhas e dos vairões, pequenos peixes usados como iscas.

A maioria habita as águas doces dos rios, mas alguns tipos percorrem as águas salgadas dos mares. O seu tamanho é variável, podem ser grandes, chegando a medir 4,5 metros de comprimento, ou menores, medindo em torno de 5 centímetros.

Os bagres não possuem escamas, em alguns tipos encontramos uma espécie de armadura, de lâminas de osso e em outros ferrões envenenados, posicionados em suas costas ou nas suas laterais.

Durante a temporada de pesca é importante manter a atenção redobrada ao caminhar na areia das praias, para evitar pisar em um bagre morto. O ferrão, quando penetra na pele, causa uma dor insuportável, por causa do veneno.

Médicos recomendam que a pessoa ferida seja levada para um hospital, onde a retirada do ferrão acontece em um ambiente esterilizado e é feita por um especialista.

Convém frisar, que o vilão da história não é o bagre e sim a atitude de alguns pescadores, que ao encontrar em suas redes de pesca pequenos representantes da espécie os descartam nas ondas, provocando a morte do peixe e seu aparecimento nas praias.