Publicação, atualizada anualmente, foi apresentada por técnicos da Companhia Ambiental em encontro mediado por Patrícia Iglecias.

A CETESB – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo divulgou, em 02/09, o Relatório de Qualidade das Águas Interiores 2020. O encontro teve a participação da diretora-presidente, Patrícia Iglecias; do diretor de Engenharia e Qualidade Ambiental, Carlos Roberto dos Santos; do gerente da Divisão de Qualidade das Águas e do Solo, Fábio Netto Moreno; e da gerente da Divisão de Análises Hidrobiológicas, Marta Condé Lamparelli.

A live foi transmitida pelos canais oficiais da CETESB, YouTube e Facebook, e partilhou com os internautas as novidades do documento atualizado anualmente e que já está disponível no site da Companhia.

Patrícia Iglecias elogiou a produção do relatório e explicou que o monitoramento da qualidade das águas, entre outros, tem o objetivo de fazer um diagnóstico das águas superficiais do estado. “Percebemos a importância do trabalho para a qualidade de vida das pessoas, das presentes e futuras gerações, e do meio ambiente”, ressaltou. Para a dirigente, “as políticas públicas devem ser integradas e os diagnósticos feitos pelos especialistas da CETESB permitem isso”.

O diretor Carlos Roberto dos Santos, por sua vez, fez questão de lembrar o trabalho feito em equipe com o envolvimento de vários funcionários e áreas da Companhia. Segundo ele, os dados do relatório são levantados de forma criteriosa, fato que possibilita a tomada de decisões, como a referente a Bacia do PCJ – Bacia Hidrográfica dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, com o reenquadramento do rio Jundiaí, para uma classificação melhor.

Rede de monitoramento: início em 1974

Fábio Netto e Marta Lamparelli lembraram que a Rede de Monitoramento de Qualidade das Águas da CETESB foi iniciada em 1974 e é ampliada e aprimorada desde então, tanto no número de pontos como nas mais de 60 variáveis atualmente monitoradas, incluindo indicadores de qualidade, como comunidades biológicas, toxicidade, desreguladores endócrinos, agrotóxicos, entre outras.

Além dos 477 pontos de amostragem manual, a rede conta com estações de monitoramento automático em 17 locais estratégicos.

Conforme eles, em 2020, apesar da pandemia de COVID-19, que impôs adequações na rede de monitoramento da qualidade da água da CETESB, em relação ao número de pontos e frequência de coleta, foram contabilizados 230 pontos que tiveram pelo menos três campanhas de amostragem.

Os pontos com amostragens priorizadas estão localizados nos principais corpos hídricos do estado, nas principais captações e nos trechos mais impactados pelo lançamento de fontes poluidoras. Em 2020, foram gerados resultados de aproximadamente 57.000 análises físicas, químicas, biológicas, ecotoxicológicas e bioanalíticas.

Os resultados de 2020, assim como os dados históricos são públicos e podem ser consultados no banco de dados Infoáguas (https://cetesb.sp.gov.br/infoaguas/).

O ano de 2020 foi uma temporada de tempo seco no estado, sendo que 18 das 22 UGRHIs – Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos – apresentaram volumes anuais de chuva inferiores às respectivas médias históricas, com destaque para os déficits de 22% na bacia do rio Paranapanema – UGRHI 14, de 33% na bacia do rio São José dos Dourados – UGRHI 18 e de 24% na bacia do Baixo Tietê – UGRHI 19.

A qualidade das águas, avaliada pelo IQA – Índice de Qualidade das Águas, revelou que 79% dos pontos foram classificados nas condições Ótima, Boa e Regular, refletindo uma ligeira diminuição de pontos nessas categorias, influenciada, sobretudo, por uma menor disponibilidade hídrica nos corpos de água do estado.

O índice de tratamento de esgotos domésticos no estado de São Paulo, em 2020, atingiu 65%, o maior patamar dos últimos cinco anos, fato que comprova o trabalho de infraestrutura feito pelo atual governo. Neste ano, entraram em operação os sistemas de tratamento de esgotos nos municípios de Serrana – UGRHI 4, Rafard – UGRHI 5, Ibitinga e Itapuí – UGRHI 13.

Mais um dado positivo: no trecho do rio Tietê em Pirapora do Bom Jesus, onde se localiza o exutório da bacia do Alto Tietê, verificou-se uma diminuição de 50% na carga orgânica média em relação a 2015, um indicador de melhorias no saneamento da RMSP – Região Metropolitana de São Paulo.

O relatório de 2020 tem muito mais informações. Confiram:
https://cetesb.sp.gov.br/aguas-interiores/wp-content/uploads/sites/12/2021/09/Relatorio-Qualidade-das-Aguas-Interiores-no-Estado-de-Sao-Paulo-2020.pdf