Iniciativa é o maior festival brasileiro em prol da sustentabilidade. Começou em 2011, em São Paulo, e já realizou edições nas cidades do Rio de Janeiro, de Porto Alegre, de Salvador e de Manaus.
A diretora-presidente da CETESB, Patrícia Iglecias, participou, em 16/09, virtualmente, do Fórum Virada Sustentável 2021, realizado na capital paulista, de 02 a 22 de setembro. Integrou o painel, com transmissão online, “Redução das Emissões na Gestão de Resíduos: um Coringa para Alcançar as Metas Desejadas”, junto com Sandra Mazo-Nix, representante da CCAC – Coalizão pelo Clima e Ar Limpo, com sede em Paris, e Iris Coluna, da Iclei – Governos Locais pela Sustentabilidade. A mediadora foi Gabriela Otero, da Abrelpe – Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais.
A dirigente da agência ambiental paulista destacou o Acordo Ambiental São Paulo, criado pelo Governo de São Paulo, em 2019, com 55 aderentes, visando reduzir as emissões de GEE – gases de efeito estufa, com metas voluntárias, além de buscar a eficiência hídrica e energética no Estado.
Atualmente, segundo Patrícia Iglecias, o número de empresas e entidades aderentes é de 669, atestando que o acordo se encontra em franca expansão, com crescimento contínuo. “São Paulo mais uma vez é um exemplo de modernidade em programas e parcerias.” Afirma a dirigente.
Mencionou a DD – Decisão de Diretoria da CETESB de nº 35, de abril deste ano, que dispôs sobre os critérios para a elaboração do inventário estadual de emissões de GEEs pelas indústrias, entre outras finalidades, para a elaboração de planos e programas de mitigação.
Relatou a questão do aproveitamento energético dos resíduos, incluindo a sua recuperação pelo uso de CDR – Combustível Derivado de Resíduos, com base na Resolução SIMA 47/2020, e o coprocessamento em fornos de clínquer, cujo procedimento para licenciamento é objeto da Resolução SIMA 84/2021.
Para Patrícia Iglecias a CETESB exerce papel fundamental no convencimento dos setores produtivos, que também têm se tornado parceiros essenciais, dando como exemplo as Câmaras Ambientais, fóruns colegiados constituídos no âmbito da Companhia e onde têm se discutido conjuntamente, inclusive, as políticas públicas e normas técnicas que afetam diretamente os setores.
Sandra Mazo-Nix, coordenadora de Iniciativa de Resíduos da Coalizão pelo Clima e Ar Limpo falou sobre as atividades e os trabalhos da CCAC, os impactos ambientais dos resíduos sólidos urbanos e seus efeitos nas mudanças climáticas, entre outros itens.
Iris Coluna deu um panorama geral das ações do Iclei, com sua Rede Global de Cidades, com mais de 2.500 governos locais e regionais, comprometidos com o desenvolvimento urbano sustentável e mencionou trabalhos no Brasil, como em Belo Horizonte, Recife e Salvador.
O que é a Virada?
A Virada Sustentável é um movimento de mobilização para a sustentabilidade que organiza o maior festival sobre o tema no Brasil. Começou em 2011 em São Paulo e já realizou edições nas cidades do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Salvador e Manaus, entre outras.
Envolve articulação e participação direta de organizações da sociedade civil, órgãos públicos, coletivos de cultura, movimentos sociais, equipamentos culturais, empresas, escolas e universidades, entre outros, com o objetivo de apresentar uma visão positiva e inspiradora sobre a sustentabilidade e seus diferentes temas para a população, além de reforçar as redes de transformação e impacto social existentes nas diferentes cidades.
Os 17 ODS
A concepção temática da Virada Sustentável é atualmente lastreada nos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, definidos pela ONU, que são também os princípios que orientam a programação do festival em todas as cidades.
Texto: Mário Senaga
Prints: Pedro Calado