O segundo megacomando de fiscalização de fumaça preta realizado nesta terça-feira (26/07), em 20 pontos simultâneos do estado de São Paulo, resultou na vistoria de quase 32 mil veículos e a autuação de 891 caminhões a diesel por emissão de poluentes acima dos padrões estabelecidos pela legislação ambiental. Na primeira operação, realizada na última semana de junho, foram multados 964 veículos.
A multa para condutores de veículos emitindo fumaça preta é de 60 Unidades Fiscais do Estado de São Paulo (Ufesp), correspondente à R$ 1.413,00, podendo dobrar o valor no caso de reincidência. A operação é realizada com o uso da Escala de Ringelmann – que compara a coloração da fumaça emitida com os tons colorimétricos impressos nesse instrumento.
A Cetesb realiza uma fiscalização de rotina aos veículos diesel, que é intensificada com chegada do inverno quando coloca em operação comandos simultâneos nas principais rodovias do estado, período em que as condições meteorológicas costumam ficar desfavoráveis à dispersão dos poluentes. Essas campanhas anuais visam evitar episódios críticos de poluição do ar, principalmente, em relação às fontes móveis (veículos).
O comando com abordagem de veículos aconteceu no município de Sorocaba, na Avenida Independência, em Sorocaba, com apoio da Polícia Rodoviária.
Efeitos na saúde
Grande parte dos poluentes presentes no ar da Região Metropolitana de São Paulo é proveniente dos 7,3 milhões de veículos (frota de 2015) que trafegam por suas ruas e avenidas. Outras regiões do estado com grande atividade de veículos também são objeto da Operação Inverno. Nas cidades aonde a maior parcela dos poluentes vem de indústrias, como em Cubatão, a ênfase da campanha é destinada ao controle desse setor.
Os poluentes emitidos pelos veículos e pela atividade industrial agridem a saúde de toda a população, em especial, as crianças, os idosos e os indivíduos com problemas respiratórios ou baixa resistência imunológica. Há um aumento sensível nos atendimentos em pronto-socorros e nas internações hospitalares. Os problemas mais frequentes são a redução da capacidade de trabalho e de aprendizado, irritação dos olhos e das vias respiratórias, redução da capacidade pulmonar, asma, bronquite, agravamento das infecções pulmonares e problemas cardíacos.
Texto: Rosely Ferreira
Fotos: José Jorge