A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) entrou em alerta para a eventualidade de aparecimento, no litoral paulista, da mesma microalga que produz uma toxina, encontrada nos moluscos cultivados no litoral catarinense. Foi enviado um comunicado de alerta à Secretaria da Saúde e Secretaria de Agricultura e Abastecimento, dirigido aos técnicos integrantes do Grupo de Trabalho formado recentemente para elaborar um Plano de Contingência para enfrentar florações de algas no litoral de São Paulo.
Todas as Agências da Cetesb no litoral e a direção da APA Marinha do Litoral Sul, também foram alertadas para ficarem atentas ao possível surgimento de floração de algas, ou para reclamações da população que possam estar relacionadas a esta ocorrência.
Como ação preventiva serão realizadas coletas de água do mar em alguns locais do Litoral Sul para análises em laboratório visando à detecção da microalga do gênero Alexandrium identificada em Santa Catarina, que é produtora de neurotoxinas causadoras do PSP, em inglês Paralytic Shellfish Poisoning. Essas toxinas, quando acumuladas em organismos marinhos, como mariscos, ostras e mexilhões, podem causar intoxicação nos seres humanos.
O PSP é causado por toxinas do grupo saxitoxina, que podem ocasionar sintomas como diarreia, náuseas, vômitos, dores abdominais, perda de sensibilidade nas extremidades do corpo e, em casos mais graves, paralisia generalizada e óbito por falência respiratória. Esses sintomas podem aparecer imediatamente após o consumo de moluscos contaminados. No entanto, a presença dessas microalgas na água do mar, não representa risco aos banhistas.