Você está visualizando atualmente Região Metropolitana de São Paulo registra melhoria na qualidade do ar

A série histórica dos níveis de poluentes atmosféricos, como CO – monóxido de carbono e SO2 – dióxido de enxofre, registrados nas estações medidoras da CETESB – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo, na RMSP – Região Metropolitana de São Paulo, traz boas notícias.

Segundo o novo relatório anual “Qualidade do Ar no Estado de São Paulo”, referente a 2022, divulgado pela Companhia – ligada à SEMIL – Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, os índices desses poluentes permaneceram baixos ao longo do período, o que confirma a eficácia dos diversos programas de controle. Para realizar o diagnóstico, a CETESB utilizou, durante o ano passado, 63 estações automáticas de monitoramento da qualidade do ar e 23 pontos de monitoramento manual em todo o Estado.

A informação é ainda mais relevante quando se observa que a avaliação dos poluentes levou em consideração os novos padrões de qualidade do ar, mais rigorosos, que entraram em vigor no Estado, em janeiro de 2022. No que diz respeito ao CO – monóxido de carbono, o relatório apontou níveis abaixo dos estabelecidos pela legislação, não se registrando a ultrapassagem do padrão de qualidade do ar, de 9 ppm – partes por milhão, desde 2008.

Quanto ao SO2 – dióxido de enxofre, a concentração média anual na RMSP, em 2022, foi de 3 microgramas por metro cúbico, o que é um sinal positivo considerando a frota expressiva que circula diariamente e a atividade industrial na região durante o período. O padrão do SO2 é uma média anual de 30 microgramas por metro cúbico.

O relatório acompanhou outras substâncias presentes na atmosfera, que são importantes para o monitoramento da poluição, como o ozônio e o material particulado. No caso do ozônio, que é um poluente distinto dos demais por se formar na atmosfera por meio de reações químicas entre óxidos de nitrogênio e compostos orgânicos voláteis expostos à luz solar, o período analisado indicou vários dias com condições meteorológicas favoráveis para sua formação.

Na RMSP, as maiores ocorrências de ultrapassagens do padrão desse poluente ocorreram nos meses de fevereiro e outubro, em dias com altas temperaturas e alta incidência de radiação solar. Com a adoção de padrões de qualidade do ar mais rigorosos, o relatório de 2022 aponta 35 dias de ultrapassagem dos padrões de ozônio na RMSP, em comparação com os 41 dias registrados em 2021 frente ao padrão vigente à época. O ozônio, quando formado na troposfera, região mais próxima do solo, pode ser prejudicial à saúde da população.

Na Baixada Santista e no Litoral Norte, foram identificadas ultrapassagens do padrão de ozônio apenas na estação Cubatão-Centro. No interior, foram registradas ultrapassagens do padrão deste poluente nos seguintes municípios: Americana, Araraquara, Campinas, Jundiaí, Limeira, Paulínia, Ribeirão Preto, Rio Claro e São José do Rio Preto.

No caso do material particulado, a concentração média anual de partículas inaláveis na RMSP foi de 26 microgramas/m³. Esse valor é praticamente o mesmo observado nos dois anos anteriores, que foi de 27 microgramas/m³, porém muito inferior ao valor de 54 microgramas/m³ observado no ano de 2.000, indicando a eficiência das ações e programas de controle das emissões ao longo dos anos.

As principais fontes de emissão de material particulado para a atmosfera são: veículos automotores, processos industriais, queima de biomassa, ressuspensão de poeira do solo, entre outros. Foram registradas ultrapassagens dos padrões de qualidade do ar em algumas estações da RMSP, da Baixada Santista e do interior.

O relatório informa que, de modo geral, as condições meteorológicas em 2022 foram ligeiramente mais favoráveis à dispersão dos poluentes do que em 2021, apesar de ter sido um ano com pouca chuva durante o inverno.

Controle da poluição

A CETESB desenvolve uma série de programas e atividades com o objetivo de controlar a poluição atmosférica e reduzir os níveis observados. Dentre eles, destacam-se o Plano de Controle de Poluição Veicular, o Plano de Redução de Emissão de Fontes Estacionárias, a fiscalização e controle das emissões industriais, e o programa de fiscalização de fumaça preta dos veículos a diesel.

Acesse o relatório “Qualidade do Ar no Estado de São Paulo – 2022” – https://cetesb.sp.gov.br/ar/publicacoes-relatorios/