• O que é ozônio e em qual lugar da atmosfera ele é encontrado?

    R: Ozônio é um gás que está naturalmente presente na nossa atmosfera. Cada molécula de ozônio contém três átomos de oxigênio e sua fórmula química é O3. O Ozônio é encontrado basicamente em duas regiões da atmosfera. Aproximadamente 10% do ozônio atmosférico está na troposfera, a região mais próxima da superfície da Terra (da superfície até aproximadamente 10-16 quilômetros). O restante do ozônio (90%) reside na estratosfera, basicamente entre o topo da troposfera até aproximadamente 50 quilômetros de altitude. A quantidade contínua de ozônio na estratosfera é comumente referida como “camada de ozônio”.

    Fonte: Tradução livre do documento “20 PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A CAMADA DE OZÔNIO”; D.W. FAHEY (Org.), em Secretaria de Ozônio da UNEP, (acesso em julho/2004).

  • Como o ozônio é formado na atmosfera?

    R: O ozônio é formado na estratosfera através de um processo químico que passa por vários estágios e requer luz do sol. Na estratosfera, o processo começa com a quebra da molécula de oxigênio (O2) pelos raios ultravioletas do Sol. Na baixa atmosfera (troposfera), o ozônio é formado em diferentes conjuntos de reações químicas envolvendo gases que contém hidrocarbonos e nitrogênio.

    Fonte: Tradução livre do documento “20 PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A CAMADA DE OZÔNIO”; D.W. FAHEY (Org.), em Secretaria de Ozônio da UNEP, (acesso em julho/2004).

  • Por que nos preocupamos com o ozônio atmosférico?

    R: O ozônio da estratosfera absorve algumas das radiações ultravioletas naturalmente nocivas do Sol. Por causa deste papel benéfico, o ozônio estratosférico é considerado “ozônio bom”. Em contraste, o ozônio da superfície da Terra, formado por poluentes, é considerado “ozônio ruim”, pois pode ser prejudicial aos seres humanos e à vida animal e vegetal. Há também o ozônio que ocorre naturalmente na baixa atmosfera; este é benéfico, pois ajuda a remover poluentes da atmosfera.

    Fonte: Tradução livre do documento “20 PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A CAMADA DE OZÔNIO”; D.W. FAHEY (Org.), em Secretaria de Ozônio da UNEP, (acesso em julho/2004).

  • O ozônio é totalmente uniforme ao redor do globo?

    R: Não, a quantidade total de ozônio acima da superfície da Terra varia com o período de tempo, que pode ser de diário para sazonal. As variações são causadas pelos ventos estratosféricos e pelas substâncias químicas destruidoras de ozônio. A quantidade de ozônio total é geralmente mais baixa no equador e mais alta perto dos pólos.

    Fonte: Tradução livre do documento “20 PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A CAMADA DE OZÔNIO”; D.W. FAHEY (Org.), em Secretaria de Ozônio da UNEP, (acesso em julho/2004).

  • Como o ozônio é medido na estratosfera?

    R: A quantidade de ozônio na estratosfera é medida tanto por instrumentos no solo quanto pelos carregados no ar por balões, aeronaves e satélites. Algumas mensurações envolvem um instrumento que contém um sistema próprio para detectar ozônio. Outras são baseadas na absorção única de luz na atmosfera pelo ozônio; neste caso, a luz do sol ou um raio laser são cuidadosamente medidos após passarem por uma porção da atmosfera que contém ozônio.

    Fonte: Tradução livre do documento “20 PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A CAMADA DE OZÔNIO”; D.W. FAHEY (Org.), em Secretaria de Ozônio da UNEP, http://www.unep.org/ozone/pdf/qa.pdf (acesso em julho/2004).

  • Qual é o principal estágio na destruição do ozônio estratosférico causado pelas atividades humanas?

    R: O estágio inicial da destruição do ozônio estratosférico por atividades humanas é a emissão na superfície da Terra de substâncias destruidoras de ozônio que contém cloro e bromo. A maioria desses gases acumula na baixa atmosfera por serem não-reativos e não se dissolverem instantaneamente na chuva ou na neve. Finalmente, os gases emitidos são transportados para a estratosfera, onde serão convertidos em gases mais reativos e participarão das reações que destroem o ozônio. Por fim, quando o ar retorna para a baixa atmosfera, estes gases, agora reativos, são removidos da atmosfera terrestre pela chuva e pela neve.

    Fonte: Tradução livre do documento “20 PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A CAMADA DE OZÔNIO”; D.W. FAHEY (Org.), em Secretaria de Ozônio da UNEP, (acesso em julho/2004).

  • Por que as emissões humanas lideram a destruição do ozônio?

    R: Processos industriais e o consumo de produtos resultam na emissão atmosférica de gases que contêm átomos de cloro e de bromo, nocivos para a camada de ozônio. Por exemplo, se os clorofluorcarbonos (CFCs) e os hidroclorofluorcarbonos (HCFCs), usados na maioria dos sistemas de refrigeração e de ar condicionados, atingem a estratosfera, serão quebrados e se transformarão em átomos de cloro, destruidores de ozônio. Outros exemplos de produções humanas que destroem a camada de ozônio são os halons, substâncias usadas em extintores de incêndio, que contém átomos de bromo, destruidores de ozônio. A produção e o consumo destas principais fontes de halogênios por atividades humanas são reguladas em todo o mundo pelo Protocolo de Montreal.

    Fonte: Tradução livre do documento “20 PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A CAMADA DE OZÔNIO”; D.W. FAHEY (Org.), em Secretaria de Ozônio da UNEP, (acesso em julho/2004).

  • Quais são as fontes dos gases que destroem o ozônio estratosférico?
    R: As emissões de atividades humanas e de processos naturais são grandes fontes de gases destruidores de ozônio para a estratosfera. Quando expostos à radiação ultravioleta do Sol, estes gases são convertidos em gases mais reativos. Exemplos importantes de gases reativos destruidores de ozônio estratosférico são o monóxido de cloro (ClO) e monóxido de bromo (BrO). Estes e outros gases reativos participam de reações catalíticas que eficientemente destroem o ozônio. Os vulcões podem emitir alguns gases que contém cloro, mas estes são os únicos que se dissolvem instantaneamente na água da chuva e no gelo e são normalmente “lavados” da atmosfera antes de alcançarem a estratosfera.
    Fonte: Adaptação da tradução livre do documento “20 PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A CAMADA DE OZÔNIO”; D.W.FAHEY (Org.), em Secretaria de Ozônio da UNEP, (acesso em julho/2004).
    Para saber mais consulte o documento “TWENTY QUESTIONS AND ANSWERS ABOUT THE OZONE LAYER”, D.W. FAHEY (Org.) – em inglês, no site da Secretaria de Ozônio da UNEP, (acesso em julho/2004).
  • Quais são as reações do cloro e do bromo que destroem a camada de ozônio?

    R: Os gases reativos que contém cloro e bromo destroem o ozônio estratosférico através de um ciclo de reações catalíticas feito por duas ou mais reações separadas. Como resultado, um átomo simples pode destruir muitas centenas de moléculas de ozônio antes de reagir com outro gás, quebrando o ciclo. Deste modo, uma pequena quantidade de cloro ou bromo reativo tem um grande impacto na camada de ozônio. Uma destruição especial de ozônio ocorre nas regiões polares, pois lá o cloro reativo alcança níveis muito altos durante o inverno e a primavera.

    Fonte: Tradução livre do documento “20 PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A CAMADA DE OZÔNIO”; D.W. FAHEY (Org.), em Secretaria de Ozônio da UNEP, (acesso em julho/2004).

  • Como os CFCs chegam à estratosfera se eles são mais pesados que o ar?
    R: Os CFCs chegam à estratosfera porque a atmosfera terrestre está sempre em movimento e mistura os gases que estão contidos nela.
    As moléculas de CFC são de fato muito mais pesadas que o ar. Entretanto, várias medições de balões e satélites demonstram que os CFCs estão presentes na estratosfera. Isto acontece porque ventos e outros movimentos do ar misturam a atmosfera a altitudes equivalentes à estratosfera. Gases como os CFCs, que não se dissolvem na água e que são praticamente não-reativos na baixa atmosfera, são misturados rapidamente e portanto chegam à estratosfera, apesar de seu peso.
    Mudanças na concentração de constituintes medidas X altitude nos mostra o comportamento dos compostos na atmosfera. Medições mostram que isto é uniformemente distribuído ao longo da atmosfera.
    Existem medições ao longo destas últimas duas décadas de várias outras substâncias não reativas (tanto as mais leves que o ar quanto as mais pesadas), que mostram que elas se misturam e chegam à estratosfera apesar de seus pesos.
    O CFC-11 é não-reativo na baixa atmosfera e é uniformemente misturada nela. No entanto, a abundância de CFC-11 decresce com o aumento da altitude, pois ele é quebrado devido à alta energia dos raios ultravioletas. Os cloretos separados destas quebras de CFC-11 e outros resquícios dos CFCs permanecem na estratosfera por vários anos, e assim cada átomo de cloro destrói milhares de moléculas de ozônio.Fonte: Tradução livre da Secretaria de Ozônio da UNEP, (acesso em julho/2004).

  • Quando apareceu pela primeira vez o buraco de ozônio na Antártica?

    R: A quantidade média de ozônio observada durante os meses de setembro, outubro e novembro apresentou um grande decréscimo pela primeira vez no começo da década de 80, comparado com dados obtidos a partir do ano de 1957. O buraco de ozônio é formado todo ano, sempre que há um declínio acentuado (aproximadamente 60%) na quantidade de ozônio sobre grande parte da Antártica por um período de 3 meses (setembro-novembro), durante a primavera no Hemisfério Sul. No verão, o ozônio não mostrou um declínio tão acentuado (entre 1980 e 1990).

    Observações em três estações de pesquisa na Antártica e de satélites revelam o mesmo decréscimo de ozônio todos os anos durante a mesma época. Antes da estratosfera da Antártica ser afetada por cloro e bromo produzidos pelo homem, o nível de ozônio naturalmente era de 30-40% menor do que a estratosfera Ártica. Esta diferença natural foi observada pela primeira vez no fim dos anos 50 pelo cientista Dobson. Isto é baseado nas baixas temperaturas e diferentes tipos de ventos no inverno da Antártica, em relação ao continente Ártico.

    Fonte: Tradução livre da Secretaria de Ozônio da UNEP,  (acesso em julho/2004).

  • Por que um “buraco de ozônio” apareceu acima da Antártica enquanto os gases destruidores de ozônio estão presentes por toda a estratosfera?

    R: Os gases destruidores do ozônio estão presentes por toda a camada de ozônio estratosférico porque são transportados por grandes distâncias pela ação do ar atmosférico. A grande destruição da camada de ozônio na Antártica, conhecida como “buraco de ozônio”, é causada pelas especiais condições climáticas que existem lá e em mais nenhum lugar do globo.

    As temperaturas muito baixas da estratosfera antártica criam nuvens de gelo chamadas Nuvens Polares Estratosféricas (PSCs). Reações especiais que ocorrem nas PSCs e o relativo isolamento do ar estratosférico polar permitem a ocorrência das reações de cloro e bromo que produzem o buraco na Antártica durante a primavera.

    Fonte: Tradução livre do documento “20 PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A CAMADA DE OZÔNIO”; D.W. FAHEY (Org.), em Secretaria de Ozônio da UNEP, (acesso em julho/2004).

  • Quão severa é a destruição da camada de ozônio na Antártica?

    R: A destruição da camada de ozônio antártica foi primeiramente observada no começo dos anos 80. Esta destruição é sazonal, ocorrendo principalmente no fim do inverno e na primavera (agosto-novembro). O pico de destruição ocorre em outubro, quando o ozônio é quase sempre completamente destruído ao longo de uma determinada altitude, reduzindo a quantidade total de ozônio aéreo a aproximadamente dois terços de alguns outros lugares. Essa forte destruição cria o “buraco de ozônio”, visto em imagens da camada de ozônio antártica tiradas do espaço. Na maioria dos anos, a maior área do buraco de ozônio normalmente excede o tamanho do continente antártico.

    Fonte: Tradução livre do documento “20 PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A CAMADA DE OZÔNIO”; D.W. FAHEY (Org.), em Secretaria de Ozônio da UNEP, (acesso em julho/2004).

  • Há uma destruição da camada de ozônio ártica?

    R: Sim, uma significante destruição da camada de ozônio ártica ocorre atualmente há alguns anos no final do inverno e na primavera (janeiro-abril). Entretanto, a máxima destruição lá é geralmente menos grave que a observada na Antártica e é mais variável de ano para ano. Um grande e repetido “buraco de ozônio”, como é encontrado na estratosfera antártica, não ocorre no Ártico.

    Fonte: Tradução livre do documento “20 PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A CAMADA DE OZÔNIO”; D.W. FAHEY (Org.), em Secretaria de Ozônio da UNEP, (acesso em julho/2004).

  • Quão grande é a destruição da camada de ozônio global?

    R: A camada de ozônio vem sendo observada desde 1980 e agora observa-se que ela está aproximadamente 3% menor em todo o globo. A destruição, que excede as variações naturais da camada de ozônio, é muito pequena próxima do equador e cresce conforme a variação da latitude, devido principalmente ao fenômeno característico que ocorre todos os anos durante o período inverno/ primavera.

    Fonte: Tradução livre do documento “20 PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A CAMADA DE OZÔNIO”; D.W. FAHEY (Org.), em Secretaria de Ozônio da UNEP, http://www.unep.org/ozone/pdf/qa.pdf (acesso em julho/2004).

  • Mudanças na radiação solar e erupções vulcânicas afetam a camada de ozônio?

    R: Sim, fatores como mudanças na radiação solar, assim como a formação de partículas estratosféricas depois de erupções vulcânicas, realmente influenciam a camada de ozônio. Entretanto, nenhum destes fatores podem explicar a diminuição observada na quantidade de ozônio total nas últimas duas décadas. Se grandes erupções vulcânicas ocorrerem nas próximas décadas, a destruição do ozônio aumentará por muitos anos seguintes delas.

    Fonte: Tradução livre do documento “20 PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A CAMADA DE OZÔNIO”; D.W. FAHEY (Org.), em Secretaria de Ozônio da UNEP, (acesso em julho/2004).

    Para saber mais consulte o documento “TWENTY QUESTIONS AND ANSWERS ABOUT THE OZONE LAYER”, D.W.FAHEY (Org.) – em inglês, no site da Secretaria de Ozônio da UNEP, (acesso em julho/2004).

  • Há algum regulamento para a produção de substâncias destruidoras de ozônio (SDOs)?

    R: Sim, a produção de SDOs é regulamentada com a Convenção Internacional de 1987, conhecida como “Protocolo de Montreal sobre as Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio”, e suas emendas e ajustes subseqüentes. O Protocolo, agora ratificado por 187 países, estabelece valores de controles legais para as nações que produzem e consomem SDOs. A produção e consumo das principais SDOs por países desenvolvidos e em desenvolvimento serão significantemente reduzidos ou eliminado em meados do século 21.

    Fonte: Tradução livre do documento “20 PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A CAMADA DE OZÔNIO”; D.W. FAHEY (Org.), em Secretaria de Ozônio da UNEP, (acesso em julho/2004).

  • O Protocolo de Montreal está tendo sucesso na redução da quantidade de substâncias destruidoras de ozônio (SDOs) na atmosfera?

    R: Sim, como resultado do Protocolo de Montreal, a abundância de SDOs na atmosfera está começando a diminuir nos últimos anos. Se os países permanecerem seguindo as orientações do Protocolo de Montreal, a diminuição continuará durante todo o século 21. Alguns gases, como os halons e os hidroclorofluorcarbonos ainda estão aumentando na atmosfera, mas começará a diminuir nas próximas décadas se a obediência ao Protocolo continuar. Pelo meio do século, a abundância efetiva de SDOs poderá cair a valores presentes antes do início do “buraco de ozônio” começar, no início dos anos 1980.

    Fonte: Tradução livre do documento “20 PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A CAMADA DE OZÔNIO”; D.W. FAHEY (Org.), em Secretaria de Ozônio da UNEP, (acesso em julho/2004).

  • A criação do Protocolo de Montreal valeu a pena?

    R: Sim. Vários esforços foram realizados para investigar o impacto econômico de problemas causados pela destruição da camada de ozônio. Estas tentativas chocam-se com muitos problemas. Existem boas razões para a preocupação com efeitos nos seres humanos, animais, plantas e materiais em geral, mas a maioria deles não podem ser estimados quantitativamente. O cálculo do impacto econômico desses efeitos é incerto. Além do mais, aspectos econômicos são aplicáveis apenas em alguns efeitos, como tratamentos médico, a perda na produção da pesca e da agricultura e os danos causados em materiais. Mas fica a pergunta: qual é o custo equivalente ao sofrimento de uma pessoa tornando-se cega ou moribunda, ou a perda de uma planta rara ou de uma espécie animal em extinção?

    Apesar de todas estas dificuldades, tem-se feitos esforços. O exemplo mais compreensível é um estudo iniciado por Environment Canada em homenagem ao décimo aniversário do Protocolo de Montreal sobre Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio. Neste estudo, “Custos e Benefícios Globais do Protocolo de Montreal-1997”, os custos foram calculados através de todas as medidas tomadas internacionalmente para proteger a camada de ozônio, como a substituição de tecnologia utilizando as substâncias destruidoras de ozônio. Os benefícios são os valores totais da destruição evitada. Os custos totais das medidas tomadas para proteger a camada foram calculadas em 235 bilhões de dólares. Os efeitos evitados pelo mundo inteiro, embora pouco confiáveis, foram estimados em ser quase duas vezes esta quantia. Esta mais recente estimativa inclui apenas redução de danos na pesca, agricultura e materiais em geral. Cataratas e câncer de pele, assim com fatalidades associadas ao buraco de ozônio, são listados como benefícios adicionais, e não expressados como aspectos econômicos.

    Fonte: Tradução livre da Secretaria de Ozônio da UNEP,  (acesso em julho/2004).

  • A destruição da camada de ozônio aumenta o nível da radiação ultravioleta?

    R: Sim, a radiação ultravioleta na superfície da Terra aumenta a medida em que a quantidade do ozônio estratosférico total diminui, pois este absorve a radiação ultravioleta proveniente do sol. Medições por instrumentos terrestres e estimativas feitas com o uso de dados de satélites confirmaram que a radiação ultravioleta da superfície da Terra aumentou em regiões onde a destruição do ozônio é observada.

    Fonte: Tradução livre do documento “20 PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A CAMADA DE OZÔNIO”; D.W. FAHEY (Org.), em Secretaria de Ozônio da UNEP, (acesso em julho/2004).

  • A destruição da camada de ozônio é a principal responsável pelas mudanças climáticas?

    R: Não, apenas a destruição da camada de ozônio não é a responsável pelas mudanças climáticas. Entretanto, pelo fato de o ozônio ser um gás estufa, mudanças climáticas estão significativamente relacionadas com mudanças no ozônio. Tanto a destruição do ozônio estratosférico quanto o aumento do ozônio troposférico contribuem para as mudanças climáticas. Tais contribuições são significantes, porém pequenas quando comparadas com a contribuição de outros gases estufa. Ozônio e mudanças climáticas estão indiretamente ligadas pelo fato de as substâncias destruidoras de ozônio, tais como os clorofluorcarbonos (CFCs), hidroclorofluorcarbono (HCFCs) e halons, também contribuírem para as mudanças climáticas.

    Fonte: Tradução livre do documento “20 PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A CAMADA DE OZÔNIO”; D.W. FAHEY (Org.), em Secretaria de Ozônio da UNEP, (acesso em julho/2004).

    Para saber mais consulte o documento “TWENTY QUESTIONS AND ANSWERS ABOUT THE OZONE LAYER”, D.W.FAHEY (Org.) – em inglês, no site da Secretaria de Ozônio da UNEP, (acesso em julho/2004).

  • Atualmente, em que situação se encontra a destruição da camada de ozônio?

    R: A destruição do ozônio estratosférico tem crescido ao longo do tempo e observada desde o início dos anos 1980. A perda de ozônio na Antártica no período da primavera é a maior do globo terrestre. Nas regiões polares, a camada de ozônio tem sido destruída a um percentual muito maior daquele de duas décadas atrás.

    A destruição da camada de ozônio varia de região para região da Terra. Por exemplo, há pouca ou nenhuma destruição de ozônio nos trópicos (entre as latitudes 20oN e 20oS). A magnitude da destruição também depende da estação do ano. De 1979 a 1997, as perdas observadas totalizaram em 5-6% nas latitudes intermediárias do norte no inverno e na primavera, e 3% no verão e no outono. Desde o início de 1980, o buraco de ozônio tem sido formado na Antártica durante toda primavera do Hemisfério Sul (setembro a novembro), onde 60% do ozônio total é destruído. Desde o início dos anos 1990, a destruição da camada vem sendo observada também no Continente Ártico, com a perda de ozônio sendo de 20-25% entre os meses de janeiro e março.

    Em adição a tudo isso, efeitos passageiros também tem sido observados na camada de ozônio estratosférico seguidos de erupções vulcânicas, como o Monte Pinatubo em 1991. Durante os anos de 1992 e 1993, a perda de ozônio em várias localidades atingiu valores recordes. Por exemplo, a destruição na primavera excede 20% em regiões povoadas de latitudes norte intermediárias, e os níveis do buraco na Antártica caíram a valores recordes.

    Acredita-se que este grande decréscimo deve-se à grande quantidade de partículas vulcânicas injetadas na estratosfera, que temporariamente aumentou a destruição do ozônio. No caso dos pólos, as nuvens estratosféricas aumentam as reações químicas e aumentam ainda mais a destruição. Caso uma erupção vulcânica ocorra na próxima década, perdas do ozônio na mesma intensidade são esperadas, porque o nível de cloro na estratosfera continuará elevado.

    Fonte: Tradução livre da Secretaria de Ozônio da UNEP,(acesso em julho/2004).

  • A camada de ozônio irá se recuperar?

    R: Espera-se que a destruição do ozônio, causada pela produção humana de compostos contendo cloro e bromo, gradualmente desapareça a partir da metade do século 21, ao mesmo tempo que estes compostos sejam vagarosamente removidos da estratosfera por processos naturais. Esta conquista ambiental está intimamente ligada ao cumprimento de acordos internacionais visando o controle da produção e uso de substâncias destruidoras de ozônio. Em 1987, o reconhecimento de que estas substâncias destroem o ozônio levou ao Protocolo de Montreal, parte da Convenção de Viena para a Proteção da Camada de Ozônio de 1985, para reduzir a produção global destas substâncias. Subseqüentemente, observações globais de que a destruição continuava forçou a criação de emendas para reforçar o tratado. A Emenda de Londres (1990) serviu para o banimento da produção das substâncias mais prejudiciais ao ozônio para 2000, em países desenvolvidos e 2010, para países em desenvolvimento. A Emenda de Copenhague (1992) mudou a data do banimento para 1996 em países desenvolvidos. Outras restrições às substâncias destruidoras de ozônio foram concordadas nas Emendas de Viena (1995), Montreal (1997) e Beijing (1999).

    Sem o Protocolo e suas Emendas, o uso contínuo de CFCs e outras substâncias teriam aumentado a concentração de cloro e bromo na estratosfera. Estas altas concentrações teriam causado perdas enormes de ozônio, que seriam muito maiores do que o observado atualmente.

    Em contraste, em conseqüência dos acordos internacionais adotados que estão reduzindo as emissões de gases nocivos ao ozônio, as concentrações de cloro e bromo na troposfera começaram a diminuir a partir de 1995. Como são necessários de 3 a 6 anos para a mistura da troposfera com a estratosfera, a abundância de cloro na estratosfera está atingindo um nível constante e irá diminuir. Com a compreensão e o cumprimento de todos, as emendas internacionais irão eliminar a maioria das emissões dos gases que destroem o ozônio. Desta maneira, espera-se que a camada de ozônio volte a seu estado normal na metade do século XXI. Esta recuperação vagarosa, quando comparada com a relativa rapidez da destruição do ozônio pelo cloro e bromo, é relacionada primeiramente com o tempo necessário para que processos naturais eliminem os CFCs e Halons da atmosfera.

    No entanto, o futuro da camada de ozônio não depende apenas das concentrações de cloro e bromo na estratosfera. É dependente também das mudanças de concentrações de outros constituintes, como o metano, óxido nitroso, partículas de sulfato e também de mudanças no clima da Terra.

    É improvável que a camada de ozônio volte a ser idêntica àquela que existia antes dos anos 80. No entanto, a descoberta e caracterização da destruição da camada de ozônio por compostos com cloro e bromo e uma preocupação global com a sua eliminação irão impedir o que poderia vir a causar um enorme desastre ambiental, com conseqüências.

    Fonte: Tradução livre da Secretaria de Ozônio da UNEP,  (acesso em julho/2004).

  • Como a recuperação da camada de ozônio será detectada?

    R: Os cientistas esperam detectar a recuperação da camada de ozônio com cuidadosas comparações entre as medições mais recentes de ozônio estratosférico com valores do passado. Mudanças na quantidade total de ozônio em vários lugares e no extenso e grave “buraco de ozônio” antártico serão importantes fatores na avaliação da recuperação. Variações naturais na quantidade de ozônio limitarão a detecção da recuperação em futuras medições.

    Fonte: Tradução livre do documento “20 PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A CAMADA DE OZÔNIO”; D.W. FAHEY (Org.), em Secretaria de Ozônio da UNEP, (acesso em julho/2004).

  • Quando provavelmente a camada de ozônio será recuperada?

    R: A recuperação da camada de ozônio está prevista para meados deste século , devido ao comprometimento dos países com o Protocolo de Montreal. A quantidade de gases que contém cloro e bromo, substâncias destruidoas de ozônio, irá decrescer nas próximas décadas devido às estipulações do Protocolo de Montreal. Entretanto, há algumas incógnitas quanto a isso: erupções vulcânicas das próximas décadas podem atrasar a recuperação da camada de ozônio por alguns anos e a influência das mudanças climáticas pode tanto acelerar quanto atrasar tal recuperação.

    Fonte: Tradução livre do documento “20 PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A CAMADA DE OZÔNIO”; D.W. FAHEY (Org.), em Secretaria de Ozônio da UNEP, (acesso em julho/2004).

    Para saber mais consulte o documento “TWENTY QUESTIONS AND ANSWERS ABOUT THE OZONE LAYER”, D.W.FAHEY (Org.) – em inglês, no site da Secretaria de Ozônio da UNEP, (acesso em julho/2004).

  • Dicas para manter o bom funcionamento do ar-condicionado de veículos automotivos

    R: – Se estiver muito calor dentro do carro, é recomendável abrir todas as janelas e deixar o aparelho ligado na teperatura mais baixa e com o máximo de ventilação por aproximadamente um minuto, antes de sair com os vidros fechados.

    – Mesmo durante o inverno e nos períodos em que o aparelho não é muito utilizado, deve-se acioná-lo algumas vezes durante a semana, para evitar danos no compressor e lubrificar o sistema.

    – Procure manter o condensador (peça cilíndrica colocada à frente do radiador) o mais limpo possível, para garantir a máxima eficiência do sistema.

    – A manutenção é simples e relativamente barata, resumindo-se a uma revisão por ano. Nessa ocasião, deve ser verificado o estado das mangueiras do sistema, além da troca do filtro secador e da recarga de gás CFC, se necessário. O nível de gás deve ser medido com balança especial ou com cilindro dosador, e não pela pressão do sistema.

    – A recarga pode ser feita com dois tipos de gás: o R-12 e o R-134a (que não agride a camada de ozônio e funciona com maior pressão e eficiência). O primeiro custa em torno de R$ 80 para ser recarregado, e o outro, cerca de R$ 110. Vale lembrar que ao trocar o tipo de gás, dependendo do equipamento utilizado para essa operação, é preciso fazer uma limpeza que leva aproximadamente 20 minutos.

    – Os carros sem ar-condicionado podem receber o equipamento, mas algumas adaptações são necessárias: é preciso trocar o radiador e, em alguns casos, as molas da suspensão dianteira, por causa do aumento de peso suportado pelo eixo dianteiro. Os preços variam conforme cada tipo de carro, assim como a instalação e a especificação dos componentes do sistema.

    – A carga de gás CFC é crítica e cada carro tem a sua bem definida. Para saber a quantidade de gás que vai ao sistema do seu carro, consulte uma concessionária da marca. (às vezes tem uma etiqueta com essa informação).

    – Escolha sempre uma oficina bem equipada e que proteja o meio ambiente reciclando o gás CFC existente no seu carro.

    – Escolha uma oficina que possa ser responsabilizada por algum erro.

    – Peça para ver o local do vazamento. Isso evitará algum mal entendido.

    – Leve sempre consigo as peças retiradas do seu carro.

    Fonte: Carsale – UOL e Topair

  • Cuidados extras para ambientes climatizados

    R: Os sistemas de refrigeração oferecem três riscos aos usuários, principalmente para aqueles que passam períodos prolongados em ambientes fechados e climatizados:

    1. Um dos problemas é a pouca umidade, pois o aparelho tende a secar o ar ambiente e conseqüentemente as vias aéreas (traquéia e brônquios) e isso faz com que diminua a proteção e exponha mais a contaminações.

    2. Outro fator é o da ausência de reciclagem completa do ar. O equipamento capta o ar da sala para processar a refrigeração e esse mesmo ar volta ao mesmo ambiente várias vezes sem ser renovado. Isso faz com que haja concentração de impurezas, bactérias e fungos que acabam permanecendo no ambiente. Desta forma, se a pessoa está com imunidade boa não há problema, mas caso esteja mais vulnerável, ele pode começar a ter resfriados e problemas respiratórios.

    3. A manutenção desses aparelhos deve ser rigorosa, com freqüentes limpezas do filtro e demais partes do aparelho onde possa haver concentração de fungos, bactérias e ácaros que acabam provocando reações nas pessoas.

    No caso dos carros, o ar-condicionado é menos prejudicial, pois o equipamento capta o ar externo para processar a refrigeração do interior do veículo. Todavia, o usuário deve ficar muito atento e evitar fechar o botão de entrada do ar, pois o equipamento vai trabalhar somente com o mesmo ar interno e pode ocorrer uma queda no oxigênio dentro do veículo sem que as pessoas percebam, causando sonolência. Portanto, se ele for passar muitas horas dentro do carro, deve-se abrir a entrada de ar.

    Fonte: UNICAMP