• Qual é a evidência de que são as radiações UV-B que causam câncer de pele em seres humanos?

    R: A evidência mais antiga de que estas radiações causam câncer de pele foi constatada em animais. Em humanos, conseqüentemente, houve uma associação entre exposição ao sol e câncer de pele, porém o raio UV-B não foi constatado como o principal causador. Nos últimos anos, os avanços na biologia molecular nos asseguraram, por meio de análises, que alterações genéticas encontradas nas peles humanas são ocasionadas por radiações UV-B.

    Fonte: Tradução livre da Secretaria de Ozônio da UNEP, (acesso em julho/2004).

  • Óculos escuros protegem os olhos contra possíveis cataratas?

    R: Óculos escuros de qualidade que reduzem a exposição dos olhos ao sol, reduzindo também o impacto dos raios UV. A melhor proteção possível seria uma combinação de óculos absorvedor de raios UV e um tipo de escudo contra os raios que vem pelos lados dos olhos. É importante ressaltar que, na maioria das vezes, os óculos escuros não bloqueiam as radiações, podendo ocorrer danos nos olhos, como as cataratas .

    Fonte: Tradução livre da Secretaria de Ozônio da UNEP, em http://www.unep.org/ozone/faq.shtml (acesso em julho/2004).

  • A quantidade de UV recebida por uma pessoa quando criança é relevante depois de vários anos?

    R: Sim. Crianças não devem ser superexpostas às radiações UV, reduzindo severamente banhos de sol. A exposição ao UV, e principalmente queimaduras de sol no começo da vida, faz crescer as chances da pessoa ter câncer de pele no futuro.

    Fonte: Tradução livre da Secretaria de Ozônio da UNEP,(acesso em julho/2004).

  • Como podemos aproveitar bem o sol para a saúde física?

    R: De modo geral, a exposição moderada ao sol do dia-a-dia não é nociva à saúde. Esta exposição básica evidentemente nos permite uma vida normal e é suficiente para manter satisfatório o nível de vitamina D no organismo. No entanto, ao mesmo tempo em que é importante para a saúde física, o sol pode causar efeitos adversos na saúde como o câncer de pele, envelhecimento da pele, problemas na vista e opressão do sistema imunológico. A exposição excessiva aos raios UV deve ser evitada para minimizar os riscos destas doenças.

    Fonte: Tradução livre da Secretaria de Ozônio da UNEP, em http://www.unep.org/ozone/faq.shtml (acesso em julho/2004).

  • Protetores solares protegem as pessoas de efeitos nocivos do crescente aumento da radiação UV-B?

    R: Nem sempre. Protetores solares aplicados na pele humana limitam a penetração da radiação UV dentro da pele, e portanto previnem queimaduras. Os protetores foram inicialmente desenvolvidos para isso. A efetividade de protetores na proteção contra câncer de pele está ainda sob debate. Deve-se ter em mente que existem outras maneiras de proteger a pele. Elas são por exemplo: não tomar sol durante o período que os raios UV-B são máximos (por volta do meio-dia), procurar sombras, utilizar roupas, e especialmente chapéus ou bonés.

    Fonte: Tradução livre da Secretaria de Ozônio da UNEP, em http://www.unep.org/ozone/faq.shtml (acesso em julho/2004).

  • Ter um bronzeado de sol previne o câncer de pele?

    R: Não. Não existe evidência que estar bronzeado previne o câncer de pele. A exposição ao UV necessária para obter um bronzeado contribui para os riscos de se adquirir câncer de pele. O fato de a pessoa possuir características de bom bronzeamento, entretanto, significa que o risco dela ter câncer é menor do que pessoas que não bronzeiam. Naturalmente, pessoas de pele escura possuem uma proteção “embutida” em sua pele contra as luzes solares.

    Fonte: Tradução livre da Secretaria de Ozônio da UNEP, em http://www.unep.org/ozone/faq.shtml (acesso em julho/2004).

  • Os riscos da exposição aos raios ultravioletas nas praias são menores em um dia nublado?

    R: Não necessariamente. Os efeitos das nuvens nas radiações UV são tão variados quanto as próprias nuvens. Céus completamente cobertos por nuvens levam a uma redução da radiação UV. Na média, nuvens dispersas também causam reduções, mas os níveis de UV locais e de curto prazo podem ser maiores do que em dias de céu claro quando as luzes solares diretas estão presentes. As nuvens tendem a tornar aleatórias as direções das radiações de entrada (por causa da dispersão), portanto, chapéus garantem menos proteção em dias nublados do que em dias de céu aberto.

    Além do mais, as pessoas podem mudar seu comportamento em dias nublados. Se elas permanecerem muito tempo expostas ou renunciarem o uso de protetores solares podem adquirir graves queimaduras. Em geral, menos radiação UV são recebidas por hora em dias encobertos do que em dias ensolarados, porém uma permanência excessiva na praia nestes dias podem compensar este efeito. Um céu completamente encoberto ainda transmite quantidades substanciais de radiação UV. A princípio, exposições a qualquer quantidade de radiação UV contribuem para adquirir câncer de pele.

    Fonte: Tradução livre da Secretaria de Ozônio da UNEP, em http://www.unep.org/ozone/faq.shtml (acesso em julho/2004).

  • Ar poluído é um tipo de proteção às radiações UV-B?

    R: Sim, mas a um alto preço. Ar poluído é geralmente indesejável devido aos numerosos problemas sérios associados a ele, que incluem doenças respiratórias, irritações dos olhos, e danos nas vegetações. Enquanto a maioria do ozônio atmosférico reside na estratosfera, algum ozônio é também feito na troposfera através de interações químicas de poluentes como os óxidos de nitrogênio e hidrocarbonetos. Este ozônio troposférico é um componente do smog fotoquímico encontrado em várias áreas poluídas. Partículas transportadas pelo ar (fumaça, poeira, aerossóis de sulfato) também podem bloquear radiações UV, mas eles também acarretam um aumento na quantidade de luzes dispersas (neblina) e portanto acarretam um aumento na exposição de UV de superfícies como os olhos ou a face.

    Nenhum valor pode ser dado para a redução de UV-B através da poluição, uma vez que poluição é um evento que tende a ser altamente variável e local. Comparações de medidas feitas em regiões industrializadas do Hemisfério Norte (por exemplo: Europa Central) e em locações pouco poluídas do Hemisfério Sul (por exemplo: Nova Zelândia) sugerem que as reduções de UV-B relacionadas com a poluição são muito importantes.

    Fonte: Tradução livre da Secretaria de Ozônio da UNEP, em http://www.unep.org/ozone/faq.shtml (acesso em julho/2004).

  • Os organismos podem se ajustar às mudanças dos níveis de UV?

    R: Sim, muitos organismos podem responder fisiologicamente com mudanças como o desenvolvimento de compostos de proteção ao UV e camadas adicionais de tecidos protetores. Entretanto, existem limitações genéticas para cada organismo que irá sofrer as mudanças. Alguns podem se ajustar de maneira mais eficiente que outros. Através de longos períodos de tempo e por várias gerações de populações, existe a possibilidade de adaptações genéticas se desenvolverem bem. No entanto, para organismos com vida longa e tamanho de populações pequenas, a adaptação genética tende a ser mais devagar.

    Fonte: Tradução livre da Secretaria de Ozônio da UNEP, (acesso em julho/2004).

  • A água protege efetivamente os animais aquáticos da exposição às radiações UV?

    R: Não. Água pura é completamente transparente para radiações UV. Um feixe de UV-B deve viajar mais de um quilômetro através da água pura para ser completamente absorvido. Águas naturais contém substâncias absorvedoras de UV, como compostos orgânicos, que parcialmente protegem organismos aquáticos de radiação UV-B, entretanto, a proteção varia largamente de um corpo de água para outro. Em oceanos e lagos, níveis significantes de UV-B podem penetrar por várias dezenas de metros; enquanto que em rios turbulentos a UV-B é completamente absorvida em dez centímetros. Vários organismos em ecossistemas, como os fitoplânctons, vivem perto da superfície da água onde a exposição ao UV-B pode ocorrer; em particular, radiações UV-B podem causar danos a estes organismos que vivem na superfície da água durante os primeiros estágios da vida.

    Fonte: Tradução livre da Secretaria de Ozônio da UNEP, (acesso em julho/2004).

  • Animais com a pele coberta por pelos estão sujeitos às radiações do sol?

    R: Sim. Câncer de pele é encontrado em quase todos animais que tem sido estudado a longo prazo, por exemplo, gado, cabras, gatos, cachorros, porquinhos-da-índia, ratos e camundongos. Efeitos diretos da radiação UV-B em partes do corpo cobertos por pelos grossos são desprezíveis. Entretanto, mesmo animais peludos usualmente expõem ao sol peles em volta da boca e das narinas, e algumas vezes outras partes do corpo. Estas partes, a menos que elas estejam severamente pigmentadas, podem sofrer danos com a exposição ao sol.

    Fonte: Tradução livre da Secretaria de Ozônio da UNEP, em http://www.unep.org/ozone/faq.shtml (acesso em julho/2004).

  • Pingüins estão sendo afetados pelo buraco de ozônio?

    R: Não existem estudos sobre os efeitos dos raios UV-B em pingüins. Como seus olhos são expostos a muita radiação UV, de acordo com a reflexão dos raios pela neve e ao aumento da radiação por causa do buraco, investigações sobre o impacto em pingüins é desejável. O fato de que os pingüins são “predadores visuais”, alimentando-se de peixe na água, pode fazer com que qualquer dano nos olhos seja importante para sua sobrevivência.

    Fonte: Tradução livre da Secretaria de Ozônio da UNEP, (acesso em julho/2004).

  • As radiações UV-B são as responsáveis pela diminuição do número de rãs e outros anfíbios?

    R: Possivelmente. As populações anfíbias estão em sério declínio em várias partes do mundo, e cientistas estão buscando explicações para isto. A maior parte desta acentuada queda da população de anfíbios deve-se a alterações no seu habitat ou mesmo a própria destruição deste habitat. Alguns declínios são provavelmente resultado de flutuações populacionais naturais. Outras explicações são doenças, poluição, mudanças atmosféricas e introdução de competidores e predadores. Radiação UV-B é um dos agentes que podem atuar em conjunto com outros e afetar a população anfíbia. Estudos onde embriões de rãs, sapos e salamandras foram expostos às radiações UV-B mostraram resultados conflitantes. Alguns resultaram no aumento da mortalidade dos embriões após a exposição às radiações, enquanto outros mostraram que não são afetados por ela. Fatores como a profundidade da água, coloração da água e quantidade de compostos orgânicos no local em que os ovos são depositados reduzem a penetração de UV-B e reduzem a exposição à radiação em todos os estágios da vida. Fatores bióticos, como cápsulas gelatinosas cobrindo os ovos, pigmentos melaninos nos ovos e coloração das larvas e de formas na metamorfose também reduzem a exposição ao UV-B.

    Fonte: Tradução livre da Secretaria de Ozônio da UNEP, (acesso em julho/2004).

  • Quais serão os efeitos nas colheitas e nas florestas com o aumento das radiações UV-B?

    R: Existem algumas colheitas sensíveis à radiação UV-B e que já sentiram reduções no seu rendimento. No entanto, existem outras que são tolerantes ao UV-B, garantindo a oportunidade de produzir variedades tolerantes ao UV-B através da Engenharia Genética. Em florestas, criações de árvores através também da engenharia genética, podem ser usadas para aumentar a tolerância aos raios UV-B. Para florestas naturais e não controladas, a engenharia genética não é uma opção. Enquanto muitas espécies de árvores apresentam tolerância ao UV-B, existem evidências que os efeitos do UV-B, algumas vezes danosos, vagarosamente acumulam-se, ano a ano.

    Fonte: Tradução livre da Secretaria de Ozônio da UNEP, (acesso em julho/2004).

  • Plantas podem se proteger contra o aumento de UV-B?

    R: Sim, parcialmente. Plantas tem uma razoável proteção ao UV; para a maioria das plantas apenas uma pequena proporção de UV-B que incide na folha penetra profundamente no tecido interior. Além disso, quando expostas a um nível maior de UV-B, muitas espécies de plantas proporcionam o aumento de pigmentos absorvedores de UV-B em seus tecidos. Outra possível adaptação inclui o aumento na grossura das folhas que reduzem a proporção de UV-B nos tecidos interiores.

    Fonte: Tradução livre da Secretaria de Ozônio da UNEP, (acesso em julho/2004).

  • Dicas de proteção solar.

    R:

    1. Aplique protetor solar todos os dias. Durante o ano todo, mesmo em dias nublados ou encobertos, estamos sujeitos a exposições esporádicas aos raios do sol, quando dirigimos, cuidamos do jardim ou passeamos com o cachorro.
    2. Reaplique o protetor a cada duas horas. Se permanecer ao ar livre por longos períodos, se usar toalha, transpirar excessivamente, nadar durante muito tempo, ou ao empreender atividades físicas vigorosas, não deixe de reaplicar o protetor.
    3. Saiba qual é o Fator de Proteção Solar (FPS) adequado ao seu tipo de pele e o tempo que espera ficar ao sol. O número de FPS indica quantas vezes a mais uma pessoa pode ficar ao sol com o protetor solar antes de começar a queimar, em comparação com o tempo que poderia ficar ao sol, sem usar nenhum protetor solar, antes de começar a queimar. De modo geral, os números de FPS variam de 2 a 50.
    4. Use chapéu e roupa protetora. Chapéus de aba larga dão proteção adicional, da mesma forma que camisas e calças de tecido bem fechado e cores escuras, que não deixam a luz do sol penetrar.
    5. Não se esqueça dos óculos de sol . Sempre que estiver ao ar livre, use óculos de sol que bloqueiem os raios UVA e UVB.
    6. Procure ficar à sombra e evite o sol do meio-dia. Preste atenção à sua sombra: se ela estiver menor do que você, a probabilidade de você se queimar aumenta. Planeje suas atividades ao ar livre para antes das 10 horas ou depois das 16 horas, quando os raios do sol são menos intensos.
    7. Proteja as crianças. Diminua tanto quanto possível à exposição das crianças ao sol, e aplique protetor solar a partir dos seis meses de idade. Mantenha as crianças menores de seis meses fora da luz solar direta.
    8. Tome precauções especiais em altitudes mais elevadas e em lugares de clima tropical. A radiação solar é mais intensa nessas áreas. Lembre-se de usar protetores solares de alto FPS, e de reaplicá-los com freqüência.
    9. Redobre os cuidados nas proximidades de superfícies altamente refletoras, tais como areia, concreto, barcos ou neve. Use protetor solar, mesmo se estiver debaixo de um guarda-sol. A areia reflete os raios solares que, assim, podem atingir sua pele e aumentar o perigo de queimadura.
    10. Se estiver tomando alguma medicação, consulte seu médico antes de tomar sol. Alguns medicamentos podem tornar sua pele sensível à radiação solar.
    11. Hidrate a pele depois de expor-se ao sol. Escolha produtos para uso depois do sol, formulados com hidratantes, como vitamina E e Aloe, para restaurar a umidade perdida durante a exposição aos raios solares.
    12. Nunca se exponha ao sol sem ter protegido a pele com um protetor solar, meia hora antes da ida a praia ou piscina.
    13. Usar quantidade suficiente. Está comprovado que a maioria aplica menos do que deve para o tempo que fica exposto.
    14. Mulheres devem escolher maquilagem que ofereçam alguma proteção. Lábios também devem ser protegidos com aplicações repetidas durante o dia.

    Fonte: JNJ Brasil – Outubro / 2005; Folheto CETESB/1995; Jornal Vida Integral – Novembro de 2003;(acesso em novembro/2007)

  • Como reconhecer um câncer de pele?

    R: Primeiramente, somente um dermatologista pode diagnosticar com segurança a existência ou não de um câncer. Porém, alguns sinais podem ser observados, como:

    • Alterações na pele de aparência elevada, brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou com mais de uma cor;
    • Existência de pinta preta ou castanha que muda de cor e textura, tornando-se irregular nas bordas ou aumentando de tamanho;
    • Persistência de manchas ou feridas que não cicatrizam há mais de três semanas, crescem, coçam ou sangram.
    • Sinais que apareceram depois dos 21 anos.

    Fonte: Folder MMA;  Folder Sociedade Brasileira de Dermatologia (acesso em novembro/2007)

  • Como previnir um câncer de pele?

    R:

    • Examine sua pele regularmente e reconhecendo os sinais precoces de tumor;
    • Protegendo-se dos raios solares através do uso de roupas e/ou filtros solares adequados;
    • Evite o bronzeamento artificial. Os raios ultravioletas emitidos pelas lâmpadas das câmaras de bronzeamento são semelhantes aos do sol e, apesar de conterem quase exclusivamente UVA, aumentam o risco de desenvolver câncer de pele e causam o envelhecimento precoce.

    Fonte: Folder Sociedade Brasileira de Dermatologia (acesso em novembro/2007)

  • Como proteger crianças de 6 meses ou mais?

    R:

    • Evite o sol entre 10 e 16 horas, quando radiação solar é mais intensa;
    • Projeta a criança com chapéus e roupas. Um bom chapéu de sol deve proteger as orelhas, nariz e lábios. Isso também reduz os riscos da criança vir a ter catarata mais tarde;
    • Aplique filtro solar com FPS 15 ou mais em todo o corpo de seu filho;
    • Reaplique o filtro solar a cada duas horas, principalmente quando ela for à água ou transpirar muito.

    Nota: Alguns remédios fazem com que a pele fique mais sensível ao sol. Quando o pediatra prescrever alguma medicação, pergunte se o sol deve ser evitado; Não se engane com dias nublados. Os raios solares perigosos atravessam as nuvens e a neblina; Cuidado com a luz refletida. A luz do sol reflete na areia, na neve, no concreto e na água, atingindo a pele, mesmo na sombra.

    Fonte: Folder Sociedade Brasileira de Dermatologia