Produtos abandonados em área residencial
Produtos abandonados em área residencial

Atendimento a acidentes com substâncias químicas.

O crescente número de acidentes ambientais com produtos perigosos no Estado de São Paulo vem preocupando consideravelmente as autoridades governamentais bem como o Sistema de Meio Ambiente, tendo em vista que os mesmos acontecem frequentemente em áreas densamente povoadas e vulneráveis do ponto de vista ambiental, agravando assim os impactos causados ao homem e ao meio ambiente.
Os acidentes, na maioria das vezes, são provocados pela ação do homem, quer seja pela manipulação indevida de substâncias químicas, quer seja pelo não cumprimento de procedimentos pré-estabelecidos de segurança, além de outras causas.

 

Acidente com oleoduto em Barueri – SP

Independente das ações de prevenção, os acidentes podem ocorrer. Por essa razão equipes de atendimento de emergência devidamente treinadas e com disponibilidade de recursos apropriados, são essenciais para o sucesso das operações de resposta.

Dada a grande diversidade de substâncias químicas existentes e considerando que os acidentes podem ocorrer em qualquer atividade (transporte rodoviário, marítimo, ferroviário, postos de serviços, indústrias, parques de estocagem, laboratórios, dutos e outros), é necessário que o atendimento a emergências com produtos perigosos seja realizado por equipes multidisciplinares, compostas, preferencialmente, por profissionais com formação nas áreas de química, biologia, toxicologia, geologia, engenharia e segurança do trabalho.

Estes profissionais devem possuir, além de conhecimentos específicos relativos a sua formação, conhecimentos básicos sobre riscos químicos, toxicologia, equipamentos de proteção individual, equipamentos de monitoramento, segurança, primeiros-socorros e meio ambiente.

A equipe deve também ser condicionada a atuar em condições de intenso estresse, visto ser essa uma característica das emergências químicas. Para isso é essencial o treinamento permanente da equipe. É conveniente que as equipes possuam um POP – Procedimento Operacional Padrão, onde poderão estar descritas as suas atribuições bem como os principais aspectos a serem observados durante uma resposta emergencial, de modo a nortear suas ações, propiciando dessa forma maior segurança e eficiência no atendimento.

De uma forma geral, a eficiência na resposta a um atendimento de emergência envolve fatores como:

  • Rapidez e eficiência no acionamento das equipes;
  • Avaliação correta e desencadeamento de ações compatíveis com a situação apresentada;
  • Disponibilidade de recursos humanos e materiais e capacidade para a sua mobilização. Alguns aspectos básicos devem sempre nortear as ações durante um atendimento emergencial com substância química, dentre os quais destacam-se:
  • Os procedimentos de resposta devem ser periodicamente testados, avaliados e aprimorados;
  • O controle de um vazamento não pode nunca sacrificar os requisitos de segurança dos atendentes;
  • Todos os envolvidos nas ações de campo devem estar capacitados em sua área de atuação, além de possuir os conhecimentos mínimos necessários para sua segurança;
  • As medidas de controle, só deverão ser desencadeadas após o pleno conhecimento dos riscos envolvidos e quando os recursos básicos estiverem disponíveis.
  • É essencial a avaliação rápida das possíveis consequências ambientais associadas ao evento para que medidas imediatas de proteção possam ser efetivamente adotadas. Independentemente das ações a serem tomadas em campo durante o atendimento emergencial, faz-se necessária a realização de planejamentos anteriores aos sinistros, de forma a estarem devidamente estabelecidas as responsabilidades e respectivas áreas de atuação dos participantes, visando agilizar os trabalhos; ou seja, é essencial a elaboração de planos locais e regionais de emergência para o atendimento a acidentes envolvendo substâncias químicas.