Conceitos ligados a impacto ambiental
Contaminante
Substância ou composto que afeta negativamente o ecossistema, capaz de provocar alterações na estrutura e funcionamento das comunidades (ACIESP, 1987).

Poluente
Qualquer substância ou energia que, lançado ao meio ambiente, interfere no funcionamento de parte ou de todo o ecossistema (ACIESP, 1987).

Contaminação
Introdução de um agente indesejável em um meio previamente não contaminado (ACIESP, 1987); Segundo GESAMP, a contaminação ambiental é definida como poluição quando atinge níveis que causam efeitos deletérios na saúde humana, ou efeitos prejudiciais nos organismos vivos.

Poluição marinha
Introdução pelo homem, de substâncias no ambiente (marinho) que resultam em efeitos deletérios, como prejuízo aos recursos vivos, riscos à saúde humana, obstáculo às atividades marítimas, incluindo pesca, depreciação da qualidade da água do mar e redução das amenidades GESAMP (1969).

Poluição crônica
Introdução freqüente de substâncias nocivas e tóxicas ao ambiente, mesmo em pequenas quantidades. Estas perturbações persistentes e continuadas tendem a provocar efeitos pronunciados e prolongados nas comunidades biológicas, principalmente em se tratando de substâncias químicas (ODUM, 1983).

Poluição aguda
É o lançamento isolado e pontual de um poluente no ambiente, normalmente de grande porte e em local não contaminado. Um episódio de poluição aguda pode ocorrer também em locais contaminados cronicamente, como já ocorreu na Baia de Guanabara (RJ) e no Estuário de Santos (SP).

Perturbação
Alteração ambiental que pode ou não causar alguma resposta na população de interesse (UNDERWOOD, 1989). Pode ser classificada em 3 grupos de resposta (Sutherland, 1981):
Perturbações tipo 1
S ão as perturbações que, por não terem intensidades suficientes, não causam resposta, ou seja, não interferem nas características naturais das populações, as quais são capazes de resistir ao tensor;
Perturbações tipo 2
Neste caso ocorre efetivamente estresse nas populações biológicas atingidas, com resposta temporária, seguida de recuperação. O tempo de recuperação depende da capacidade de retorno de cada espécie aos níveis normais de variabilidade (resiliência). Neste caso o tensor não permanece no ambiente por longos períodos;
Perturbações tipo 3
Estresse mais intenso, resultante de impacto longo ou permanente, o qual impede / dificulta a recuperação das populações devido à persistência dos agentes agressores (poluentes) no ambiente.

Estresse
Alteração ambiental que causa alguma resposta na população de interesse.

Inércia / Resistência
Capacidade de uma população resistir a perturbações. Pode ser medida como a máxima magnitude de um tensor a qual não causa qualquer resposta.

Elasticidade
Capacidade de uma população retornar ao equilíbrio após uma perturbação.

Resiliência
Máxima amplitude de resposta, a partir da qual ainda é possível a recuperação da população.

A figura abaixo mostra como um estresse antrópico pode alterar o ecossistema e como pode ocorrer o retorno às condições normais de variação.

Efeitos do stress no ecossistema

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